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Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
2 de ago. de 2017
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5 Minutos
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Christian Dior, costureiro dos sonhos

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
2 de ago. de 2017

A exposição de moda mais importante do momento na Europa é, certamente, "Christian Dior Couturier du Rêve", uma retrospectiva organizada para celebrar os 70 anos do "New Look” e da mítica maison francesa. FashionNetwork.com conversou com o curador da exposição, Olivier Gabet, durante uma visita guiada à mostra.
 

O vestido “Gruau", feito em cetim de seda por Monsieur Dior em 1949


A exposição apresenta cerca de 300 criações da Dior e looks dos 10 estilistas que passaram com sucesso pela direção criativa da marca, incluindo seu fundador. As estrelas indiscutíveis desta retrospectiva são, é claro, Christian Dior e John Galliano, seu quarto sucessor. A mostra foi inaugurada em julho no Musée des Arts Décoratifs, em Paris, uma das alas do Palais du Louvre, com um vernissage que reuniu 2.000 convidados, logo após o desfile da coleção de alta-costura outono-inverno 2017 da Dior, assinada por Maria Grazia Chiuri.

Dada a importância deste evento, FashionNetwork.com conversou com o curador da mostra e diretor do museu, Olivier Gabet, durante uma visita guiada a esta retrospectiva memorável.

"Queríamos considerar Dior de um ponto de vista puramente artístico. O objetivo não era fazer a promoção comercial da marca" diz Gabet, que nos recebeu em frente ao famoso tailleur “Bar”, com cinco botões de seda Shantung até à cintura e uma saia evasê em crepe de lã, que as mulheres podiam usar para sentar no balcão de um bar, daí o seu nome. O conjunto equilibrado e elegante causou furor na coleção New Look de 12 de fevereiro de 1947.

O início da exposição nos traz de volta ao passado e à formação de Dior: dos dias felizes de sua juventude na mansão Les Rhumbs, à casa da família Belle Époque situada no alto de uma falésia de Granville, na Normandia, de frente para o mar, até os anos gerindo sua própria galeria de arte, ao lado da Champs Élysées, nas Années Folles. A família Dior era tão burguesa e conservadora que seu pai apenas concordou em financiar sua galeria com a condição de não levar o seu sobrenome. Um tanto quanto irônico quando pensamos nas fortunas arrecadadas com o logotipo Dior.

"Além de alguns insiders, a maioria das pessoas não sabem quem foi Christian Dior. É por isso que insistimos em mostrar seus anos de formação", disse Gabet, que idealizou a exposição com Florence Müller.

Percebemos bem que Christian Dior sabia identificar talentos. Em uma fotografia de uma exposição famosa em sua pequena galeria de arte é possível notar obras de Giacometti e Picasso. "Mantivemos três trabalhos originais desta Exposição Surrealista de 1933, um de Dali, 'Pharmacie' de Marcel Duchamp, e o primeiro olho metrônomo de Man Ray", acrescenta Olivier Gabet.
 
Depois que a Grande Depressão (crise financeira de 1929) aniquilou o mercado da arte, Dior começou a criar vestidos de festa para grandes bailes, antes de aprender seu métier com o costureiro Lucien Lelong. A habilidade foi capturada em uma bela foto de Cecil Beaton que mostra a Princesa Margaret em um vestido de festa encantador. “Naquela época era raro uma princesa inglesa encomendar um vestido a um costureiro francês", observa o curador.

Apesar disso, Dior nunca abandonou suas raízes nas artes plásticas. Elas podem ser notadas no escultural ornamento de flores em um vestido laranja cocktail com micro-pregas de 1947, e em um vestido preto de 1948 com plumagem. Dior também nunca deixou o seu amor por viagens. Ele visitou Moscou nos anos 30, antes da Guerra Fria, abriu uma loja em Londres no início de sua carreira, e realizou desfiles em Caracas. Uma tradição que foi mantida por seus sucessores. É difícil esquecer de Galliano e seus vestidos tribais memoráveis, o encontro do beadwork africano com o extraordinário savoir-faire do atelier Dior.

"Em retrospectiva, acho que Galliano é o mais fiel de todos os sucessores", sugere Olivier Gabet. O designer britânico, demitido abruptamente após um escândalo (a divulgação de um vídeo do estilista, bêbado e drogado, falando em tom ameaçador e tecendo comentários antissemitas em um café parisiense), é de certa forma redimido nesta exposição, que evidencia a bravura e a beleza de suas coleções criadas para a Dior.


Vestido bustier de 2004 por John Galliano


"Dior tem arquivos extremamente sofisticados. E devo dizer que eles tiveram a elegância e profissionalismo de nos dar carta branca", ressalta Olivier Gabet.

As múltiplas facetas da identidade de Dior, como sua tradição artística, são bastante evidentes na seda estampada de Raf Simons, inspirada em uma obra de Sterling Ruby. Na exposição, uma sala foi dedicada a cada um dos principais sucessores de Dior, com vídeos e explicações sobre seus métodos de trabalho. Da atual diretora criativa Maria Grazia Chiuri e seus mood boards gigantes repletos de inspirações ricas e interessantes, à sofisticação urbana de Yves Saint Laurent com seu trapézio de alta costura, passando pelos enormes livros de inspiração que Galliano preparava a cada temporada, e à coleção de estátuas antigas de Gianfranco Ferré e os vestidos inspirados por ela.


Vestido estampado Sterling Ruby 2012 de Raf Simons para Dior (à esquerda), e vestido "Jardin Fleuri" de 2017, por Maria Grazia Chiuri para Dior (à direita)


Destaque da mostra, no espaço principal do museu, são os vestidos usados pela princesa Grace Kelly de Mônaco, Princesa Diana, Charlize Theron e Jennifer Lawrence. Videowalls mostram clipes de grandes estrelas do cinema, como Brigitte Bardot, Elizabeth Taylor, Marlene Dietrich e Sophia Loren, vestindo Dior em filmes clássicos. "Anna Wintour me disse que achava essa idéia muito comercial. Louco, né? Eu acho que ela ficou com um pouco de ciúmes. Isso é engraçado vindo dela, não?", entrega Gabet.

De qualquer forma, a parte mais fascinante da mostra é, sem dúvida, o espaço com as telas brancas feitas para cada coleção. Homenagem à espinha dorsal da ilustre maison, as "petites mains” (pequenas mãos) que continuam materializando com devoção os sonhos de todos os designers que passaram por esta marca, que é referência do estilo francês, desde a morte súbita de Monsieur Dior em um spa italiano em 1957.

A exposição "Christian Dior, couturier du rêve" está em exibição no Musée des Arts Décoratifs, em Paris, até 7 de janeiro de 2018.
 

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