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Christian Dior Parfums apoia audiovisual em parceria com Canneseries
A relação entre a Christian Dior Parfums e a produção audiovisual estreita laços. Desde há anos colaboradora de exceção do Festival de Cannes, a empresa de luxo francesa apoia igualmente, desde a sua última celebração até ao evento que a cidade consagra às séries. Entre o dia 1 e 6 de abril, o festival internacional Canneseries celebrou a sua quinta edição na Croisette, famosa avenida de Cannes, em França, e contou com a empresa propriedade do grupo LVMH para apadrinhar dois dos grandes prémios da cerimónia de encerramento.
Num tapete de intenso fúcsia, que contrastou com o clássico vermelho escarlate do festival tradicional de cinema que se voltará a realizar em meados do próximo mês de maio, desfilaram as estrelas do evento na quarta-feira 6 de abril. Uma noite de gala para encerrar uma semana intensa do festival, que apresentou uma agenda repleta, que incluiu a participação da atriz Gillian Anderson, conhecida pelas suas atuações em "The X-Files" e mais recentemente em "The Crown"; e a protagonista de "Euphoria", Sydney Sweeney, bem como a apresentação de 20 séries em competição, divididas nas categorias de formato curto e longo.
Dado o sucesso deste tipo de produções nos últimos anos, associado ao impulso do consumo através de plataformas durante os meses de confinamento, a Christian Dior Parfums estendeu o seu compromisso à Côte d'Azur, até recentemente concentrado no emblemático festival de cinema dirigido por Thierry Frémaux. Assim, a divisão de perfumes e cosméticos da maison acompanhou o Canneseries tanto com os seus produtos como com o trabalho de uma seleção dos seus maquilhadores profissionais internacionais. Um serviço completo de beleza estava disponível para uma série de celebridades convidadas para o festival no lendário hotel Le Majestic, localizado em frente ao Palais des Festivals et des Congrès, que acolheu as exibições.
A maison foi também responsável por nomear dois dos prémios mais importantes do evento. Na categoria de séries de longa duração, o júri presidido pela argumentista francesa Fanny Herrero e composto por Anne Marivin, Daniel Pemberton, Ólafur Darri Ólafsson, Sami Outabaliy e Denis O'Hare atribuiu o "Grand Prix Dior" à série canadiana "Audrey est revenue". A meio caminho entre o drama e a comédia, a produção criada por Guillaume Lambert e Florence Longpré também ganhou o prémio especial de interpretação.
Por sua vez, o galardão "Prix Dior de la Révélation" foi recebido pelas mãos de Rosalie Vaillancourt, reconhecida pela sua interpretação na série original do Quebec, "Complètement Lycée", uma reinterpretação humorística de ficção adolescente. Atribuído na categoria de séries curtas, o prémio foi decidido por um júri liderado pelo romancista e argumentista britânico Anthony Horowitz e composto pelos performers Chinenye Ezeudu e Marc Ruchmann.
Entre os vencedores do concurso destacou-se o triunfo da produção israelita "The Lesson", que ganhou os prémios de melhor série e interpretação, graças ao papel da jovem atriz Maya Landsmann. Pela sua vez, a produção alemã "Souls" ganhou os prémios de melhor música e guião e a produção belga "Hacked" triunfou como a melhor proposta na categoria de séries curtas.
Uma aliança artística com Ingrid Donat
Para a conceção dos seus dois troféus, a Christian Dior Parfums voltou a confiar na artista francesa Ingrid Donat, com a qual colaborou anteriormente para o seu último desfile "Miss Dior". Organizado em torno da visão de 12 mulheres artistas no Château de la Colle Noire, o evento apresentou a reinterpretação por parte de Donat do icónico frasco de perfume com o mesmo nome da exposição. "É sempre um desafio responder a uma comissão, mantendo ao mesmo tempo a identidade do meu próprio trabalho. Especialmente com um objeto que não corresponde ao que eu normalmente faço", admitiu a artista à FashionNetwork.com, indicando que trabalha em geral com obras escultóricas de grandes dimensões mais "primitivas", que contrastam com a técnica "reservada à joalharia", utilizada na realização destes prémios para lhes dar um "sentido valioso".
Desenhados em bronze branco polido, os sofisticados prémios em forma de totem de 27 centímetros de altura refletiram um movimento ondulado, criando a forma das iniciais do festival "C.S", e foram subtilmente decorados com o motivo de pata de galo com a assinatura da maison. "Inspiro-me em tudo o que me rodeia. Para mim, criar é, acima de tudo, uma arte de viver. Tudo pode ser uma fonte de inspiração", disse a renomada escultora e artista sueca de mobiliário, influenciada pelas obras do arquiteto e decorador francês Armand-Albert Rateau e do pintor simbolista austríaco Gustav Klimt.
"Com a minha arte, tento criar obras que vão para além de épocas, moda ou tendências. A minha relação com a moda é algo muito novo. Não gosto particularmente da palavra no sentido da temporalidade. Mas um criador de moda é um artista, como um pintor ou um escultor", refletiu a artista, recentemente apaixonada pelas séries, sobre as sinergias entre os dois sectores, reconhecendo que a sua relação com a maison se baseia numa fundação de "confiança mútua" que lhe permitiu total liberdade para este projeto.
Quanto à agenda da Dior, a primavera está à procura da maison. Para além do seu regresso à Croisette para o Festival de Cannes, a marca realizará o seu primeiro desfile de moda na Coreia do Sul no dia 30 de abril, dedicado à coleção para pré-outono 2022 já apresentada em Paris. Além disso, no próximo mês de maio, Kim Jones celebrará os seus designs num desfile em Los Angeles e, antes das férias de verão, a marca organizará o seu habitual desfile de Haute Couture em Paris e o desfile da coleção Cruise 2023, cuja localização exótica ainda não foi anunciada.
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