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Traduzido por
Helena OSORIO
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7 de mai. de 2020
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Coco Chanel e o cinema: Curta-metragem conta a história desta estreita ligação

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Ansa
Traduzido por
Helena OSORIO
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7 de mai. de 2020

(ANSA) - Roma, 07 de maio de 2020 - Apesar de o cinema reservar um longo caminho evolutivo desde as últimas décadas do século XIX, nenhuma técnica de acasalamento entre a imagem e o som deu certo até aos anos 20 do século XX. Aí, o cinema assume-se como uma nova arte, forjando uma ligação muito estreita com Gabrielle Chanel, ou Coco Chanel (1883-1971), e a sua extraordinária carreira. Tratou-se de um diálogo criativo contínuo, onde a grande costureira se deixou fascinar pela chamada sétima arte, e esta, por sua vez, ainda eternizou a marca da sua passagem. Um novo vídeo da maison online no site da Chanel, reconstrói o link entre a couturier icónica e a magia do grande ecrã.


Coco Chanel eternizada no cinema - ANSA


Pouco mais de 10 anos, separam o nascimento de Gabrielle Chanel em 1883, do cinema, que teve lugar em 1895 com a primeira exibição de um filme de curta duração que aconteceu no Salão Grand Café, em Paris, pelos revolucionários Irmãos Lumière. Uma proximidade profética para estes dois revolucionários que vieram ao mundo no final do século XIX.

Gabrielle ainda era criança quando o cinema desencadeou uma revolução no panorama artístico da época, colocando imagens em "movimento". Entretanto, tornou-se artista e era este "movimento" que queria colocar no centro do seu estilo para libertar o corpo feminino e dar ritmo à sua silhueta.

A intuição de Coco Chanel permitiu-lhe compreender a importância do cinema, do novo meio artístico que teria marcado a cultura do século XX. Coco reconheceu a necessidade de unir moda e cinema: "É através do cinema que a moda pode ser imposta hoje", disse em 1931, consciente do seu poder de difusão e da visibilidade que proporcionava a um vasto público.

No mesmo ano, o magnata dos Artistas Unidos, Samuel Goldwyn (1879-1974) - produtor de filmes norte-americano nascido na Polónia, um dos fundadores da Paramount -, pediu a Gabrielle Chanel para vestir as suas atrizes. Em Tonight or Never (1931), Gloria Swanson (1899-1983) usava um guarda-roupa criado por Chanel. Um frasco de perfume N.º 5 chegou mesmo a entrar no mobiliário como que para revelar o conceito global de encanto feminino de Chanel.

Recusando-se a criar compromissos, a certa altura Coco Chanel bateu a porta de Hollywood, mas ficou com um apurado sentido de fotogénese que lhe permitiu dominar a arte de escolher um corte ou tecido para a sua silhueta e captar a luz. O traje e a moda formaram a arquitectura de uma cena - um contributo eternizado na tela, na passerelle e no tempo.
 

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