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6 de mar. de 2018
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Como a Animale derrubou o mito de que roupa cara não vende na internet

Publicado em
6 de mar. de 2018

As vendas do Grupo Soma cresceram numa média de 10% ao ano durante o período mais grave da crise, segundo Tiago Dowsley, head de e-commerce do grupo, dono das marcas Animale, A.Brand, Farm, FYI, Fábula e Foxton.

O principal responsável pelo crescimento da rede tem sido o e-commerce, em especial as vendas via smartphone. Dowsley revela que 70% dos acessos ao site são mobile e, ao contrário do que o senso comum pode sugerir, os clientes mais ricos são os mais interessados em comprar pela internet. “Existe o mito de que roupa cara não vende no digital, mas quem tem dinheiro tem menos medo de comprar pela internet”, aponta.

site Animale


Mesmo com o destaque das lojas virtuais, o executivo ressalta a preocupação do Grupo Soma em recuperar a movimentação nas lojas de shoppings. Ele revela que a grande maioria das primeiras vendas são realizadas nas lojas físicas, especialmente quando se trata de marcas premium. Nesse processo, a vendedora é fundamental. “Temos um trabalho de reestruturação digital, interno, mas também estamos agindo na ponta, junto com as vendedoras, para segurar os clientes”, afirma.

Um dos desafios da Animale e de suas marcas-irmãs tem sido dar sequência na internet às experiências que os clientes têm na loja e, mais especificamente, no provador. “Se o cliente vai no provador e usa aquela peça mas não leva, a gente precisa reapresentar aquilo para ele no digital”, explica Dowsley.

Aplicativos para clientes premium

Dowsley coloca ressalvas em relação ao potencial dos aplicativos e afirma que o Grupo Soma tem apostado muito mais na força dos e-commerces e do marketplace do grupo. Segundo o executivo, os aplicativos são importantes para fidelização dos clientes premium, mas não causam muito efeito no público amplo. “Em relação ao aplicativo, a pessoa tem mais um atrito na experiência de compra, que é fazer o download. O app vai servir muito mais para engajar os clientes especiais. Nós só vamos oferecer um aplicativo, que ainda não temos, quando tivermos um conteúdo realmente relevante para oferecer”, explica.

Novidade no provador

Alexis Rockenbach, fundador e presidente da Compasso, empresa de tecnologia que vem atuando com o Grupo Soma na transformação digital da marca, afirma que a novidade que o setor de varejo de moda deve ganhar neste ano é o espelho inteligente, capaz de entender a experiência dos clientes dentro do provador. Além de criar um histórico sobre os gostos do consumidor devido ao reconhecimento das peças levadas ao provador, o espelho inteligente procura trabalhar a próxima venda, oferecendo peças que combinem com aquelas já escolhidas.

Rockenbach ressalta que, para concretizar a transformação digital que está sendo prometida todo dia pelo varejo ao consumidor, o setor precisa enfrentar um problema elementar. Segundo o executivo, falta ao varejista reconhecer que o cliente não gosta da experiência de consumo que ele está encontrando nas lojas hoje. “80% dos varejistas acham que a experiência oferecida hoje pelas lojas agrada, enquanto apenas 9% dos consumidores se dizem, de fato, satisfeitos. Ainda há uma dificuldade do varejo em identificar os seus problemas”, conclui.

Fonte: Novarejo

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