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17 de mar. de 2023
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Construção do projeto “Fuse Valley” em Matosinhos deverá arrancar este ano

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Agência LUSA
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17 de mar. de 2023

O diretor executivo do Castro Group, empresa responsável pela criação do projeto "Fuse Valley", em Matosinhos, adiantou esta quinta-feira (16) que a obra deverá arrancar "ainda este ano", e prevê que todas as valências fiquem concluídas em 2030.


O vale tecnológico Fuse Valley, idealizado pela Bjarke Ingels Group, irá reunir os novos escritórios da Farfetch e do Castro Group - Imagem: Lucian R.


"Estamos agora a chegar à fase final do projeto e vamos arrancar a obra talvez ainda este ano", afirmou o diretor executivo da empresa de promoção imobiliária, Paulo Castro.

Em declarações aos jornalistas, à margem do evento imobiliário internacional MIPIM, Paulo Castro disse estimar que entre o segundo semestre de 2026 e janeiro de 2027 a primeira fase do projeto, orçada em cerca de 200 milhões de euros (investimento partilhado com a Farfetch), esteja concluída. Já as duas fases restantes do projeto, que integram a criação de mais escritórios, serviços e espaços comuns, deverão estar concluídas entre 2027 e 2030. "Gostava efetivamente de, em 2030, ver o projeto totalmente construído e em funcionamento", afirmou.

O centro de inovação tecnológica "Fuse Valley", em Leça do Balio, no concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, será composto por 24 edifícios que vão albergar escritórios, habitações, um hotel e vários serviços.

Parte "substancial" dos escritórios será ocupada pela Farfetch (plataforma de moda de luxo), referiu o empresário, acrescentando que estão já a decorrer "algumas negociações" para acomodar outras empresas e serviços.

"O principal objetivo é termos os serviços e necessidades do dia a dia disponíveis para quem ali trabalha", disse, notando que, uma vez concluído, o projeto vai criar 10 mil postos de trabalho. Já o hotel, que será "ancorado num conceito de business hotel", vai ter 70 quartos e ocupar uma área de 12 mil metros quadrados, para onde estão previstos vários espaços comuns, como "salas para eventos, congressos, espaços de coworking e spa".

Segundo Paulo Castro, o grupo está ainda "em conversações com alguns operadores", não tendo ainda definido o modelo de negócio para a unidade hoteleira.

"Não temos o modelo de negócio definido, nem o negócio fechado, porque nesta fase não decidimos se o hotel irá arrancar na primeira fase ou numa fase seguinte [do projeto]", observou, dizendo acreditar que dentro de um ano essa questão possa estar "fechada".
 

Por sua vez, o espaço destinado a habitação vai integrar o conceito de coliving e será "muito focado nos trabalhadores".

"O que temos pensado é um coliving com cerca de 150 unidades", adiantou, acrescentando que na parte envolvente do "Fuse Valley" vai ser criado um parque urbano "com praticamente 10 hectares".
"O projeto tem três pilares: inovação, bem-estar e sustentabilidade", acrescentou.

Em 11 de novembro de 2022, uma publicação em Diário da República (DR) adiantava que a Câmara de Matosinhos tinha suspendido, por dois anos, o Plano Diretor Municipal (PDM) para permitir a construção do centro de inovação tecnológica.

"A proposta de suspensão do plano revela-se, assim, imprescindível, caso contrário, inviabilizar-se-á a realização de um empreendimento de relevante importância para o concelho”, referia a autarquia, liderada pela socialista Luísa Salgueiro.

O projeto "Fuse Valley" foi um dos quatro finalistas para a categoria 'Best New Development' dos prémios do MIPIM, evento que reúne em Cannes (França) mais de seis mil investidores e instituições financeiras internacionais e na qual está presente o Greater Porto, marca criada pelos municípios do Porto, Gaia e Matosinhos para atrair mais investimento para a região da Frente Atlântica.

SPC (SVF) // JA (Lusa)

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