Bruno Joly
5 de mar. de 2014
Consumo : europeus ainda sofrem aperto
Bruno Joly
5 de mar. de 2014
Depois de um 2012 complicado, o ano de 2013 não foi muito diferente, mas ao menos exibiu uma relativa melhora nas linhas do barómetro da Eurelia (Federação Europeia de Marcas), que revela o balanço para 90 das suas marcas federadas em oito países da Europa.
A Primeira observação de otimismo e não menos importante: a interrupção da queda nas vendas em Espanha e Portugal. Em Portugal, acima de tudo, a Eurelia realça que a visitação às lojas tem voltado ao normal e que os volumes de negócios parecem se estabilizar. No final, a metade das redes encerraram o ano de 2013 com resultados ligeiramente positivos.
O seu vizinho espanhol ainda passa por uma situação tensa. Se parece que as marcas federadas estão a sair-se melhor isso deve-se também ao fato de uma redução drástica das redes. Mas a melhora da situação das empresas do setor é, principalmente, aguardada para o segundo semestre de 2014.
Outra boa notícia é aquela vinda do país de Goethe. Depois de ter registado recuos em 2011 e 2012, as marcas em Alemanha renovaram os votos com o crescimento no ano passado, graças em especial ao mês de dezembro, no qual a atividade cresceu +4%.
Os seus vizinhos helvéticos, com uma estabilização da atividade, viraram as páginas dos anos difíceis (-4% em 2012, e -6% em 2011). Em Bélgica, as marcas alcançaram um avanço de 1%, tendo estado dentro da linha dos dois últimos anos.
Mas os Belgas passaram apenas por um momento ímpar, o mês de julho, com um salto de 14% nas vendas! Em França, como bem realçou a Procos, as marcas do comércio especializado terminaram o ano com um inconveniente -0,9%.
Dois mercados parecem complicados. Por um lado, a grande questão continua a ser aquela do mercado italiano, inapreensível. “Impactadas pela crise, as vendas seguiram completamente irregulares ao longo de 2013. Depois de um primeiro semestre mais encorajador com vendas mantidas, por outro lado, as nossas marcas foram confrontadas por uma frenagem marcada no segundo semestre, com um mês de dezembro particularmente duro (-4%)”, pôde-se ler no balanço. No final, as marcas transalpinas conheceram um terceiro ano consecutivo de queda.
E então a Polónia, onde as movimentações e promoções engendradas com alarde no fim do ano não permitiram inverter a tendência, apesar dos avanços de 3% registados em novembro e em dezembro. O país terminou o ano com sinais de desaceleração.
Copyright © 2024 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.