×
267
Fashion Jobs
ADIDAS
Senior Business Architect Supply Chain Processes & Governance
Efetivo · PORTO
ADIDAS
Buyer - French Speaker (M/F/D)
Efetivo · PORTO
ADIDAS
Senior Specialist Gbs Meeting & Events - German Speaker (M/F/D)
Efetivo · PORTO
ADIDAS
Senior Specialist Gbs Project Management (M/F/D)
Efetivo · PORTO
ADIDAS
Project Manager For Content Creation Membership
Efetivo · PORTO
PRIMARK
Visual Merchandising Manager
Efetivo · LISBOA
ADIDAS
Credit And Collections Specialist - French Speaker (M/F/D)
Efetivo · PORTO
ADIDAS
Specialist Gbs Credit And Collections (M/F/D)
Efetivo · PORTO
UNDER ARMOUR
Keyholder (40 Hours) - Porto
Efetivo · VILA DO CONDE
ADIDAS
Credit & Collections Specialist - Slovak OR Czech Speaker (M/F/D)
Efetivo · PORTO
ADIDAS
Senior Manager Scm Product Omnichannel Fulfillment
Efetivo · PORTO
SKECHERS
Stockroom Specialist (25 Hours)
Efetivo · PORTO
TIFFOSI
Comprador de Vestuário (m/f)- Trofa
Efetivo · Porto
TIFFOSI
Gestor de Inventário de Loja (m/f) - Trofa
Efetivo · PORTO
TIFFOSI
Sales Assistant (m/f) - Tiffosi Centro Comercial do Ubbo
Efetivo · Lisboa
TIFFOSI
Gestor de Produto (m/f)- Trofa
Efetivo · Porto
SALSA
Business & HR Controller – Visão Analítica Orientada Para Pessoas e Para o Negócio
Efetivo · Vila Nova de Famalicão
SACOOR BROTHERS
Sales Assistant- c. Comercial Braga Parque
Efetivo · Braga
SACOOR BROTHERS
Sales Assistant- c. Comercial Ubbo Alfragide
Efetivo · Lisboa
ADIDAS
sr. Manager Digital Creative (M/F/D)
Efetivo · PORTO
SPORTSDIRECT EU
Assistente DE Venda a Tempo Parcial – Sports Direct - Dolce Vita- Portugal
Efetivo · AMADORA
PRIMARK
Retail Assistant/Operador DE Loja (m/f)
Efetivo · QUARTEIRA
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
30 de jan. de 2020
Tempo de leitura
4 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Clique aqui para imprimir
Text size
aA+ aA-

Coronavírus: qual o impacto na economia mundial e no luxo?

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
30 de jan. de 2020

Restrições drásticas nos transportes, turismo paralisado, consumo sob pressão e turbulência na indústria: a epidemia de coronavírus ameaça agravar a desaceleração de uma economia chinesa já frágil, lembrando o trauma da SARS em 2002-2003. Ansiosa por conter o vírus, que já infetou mais de 2.700 pessoas, Pequim adotou medidas de contenção sem precedentes que correm o risco de paralisar a economia.


Primeiro-ministro chinês Li Keqiang visita um supermercado em Wuhan, epicentro do surto do coronavírus - AFP


Se os gastos com consumo na China, especialmente em transporte e lazer, diminuírem 10%, o crescimento do PIB do país poderá reduzir em aproximadamente 1,2 pontos percentuais, segundo a agência Standard & Poor’s. Segundo esta, "os consumidores provavelmente evitarão locais públicos" e "os setores expostos aos gastos das famílias devem ser os mais afetados". O que piorou a desaceleração económica: o crescimento chinês no ano passado registou o seu desempenho mais fraco em quase 30 anos (+6,1%), e Pequim contava com o consumo (que representa 3,5 pontos percentuais de crescimento em 2019 ) para compensar.

"No pior momento da epidemia de SARS, em maio de 2003, o tráfego de passageiros (todo o transporte combinado) diminuiu 50% em relação ao ano anterior e o crescimento das vendas no retalho caiu para metade em poucos meses", lembra Julian Evans-Pritchard da Capital Economics. Desde então, o setor de serviços fortaleceu-se e agora responde por mais de metade do PIB da China. No entanto, “a ascensão do comércio eletrónico e dos serviços de entrega de alimentos podem mitigar o impacto”.
 
Preços das ações de grupos de luxo são afetados
 
No entanto, os analistas financeiros estão cada vez mais preocupados. "As bolsas de valores do mundo todo estão sob pressão esta semana, à medida que aumentam as preocupações com a propagação da epidemia de coronavírus na China", resume Neil Wilson, analista da Markets.com.
 
Os preços das ações dos principais grupos de luxo, todos muito bem estabelecidos entre os consumidores chineses, foram particularmente afetados. Em Paris, o preço das ações da LVMH, o grupo de luxo número um do mundo, caiu 3,54% para 401,55 euros, a Hermès caiu 4,61% para 678,20 euros e a L'Oréal -4,25% para 259 euros. Em Londres, o preço das ações da Burberry caiu 4,39%, para 2.007 pence.

Esperava-se que as celebrações do Ano Novo Chinês fossem um período favorável para o consumo, mas o cancelamento das celebrações em todo o país afetarão as vendas de artigos de luxo. Entre as medidas tomadas pelo governo chinês, a cidade de Wuhan, epicentro da epidemia, foi efetivamente isolada do resto do mundo, assim como quase toda a província central de Hubei. E, num esforço para restringir ainda mais as viagens durante o feriado do Ano Novo Chinês, o governo suspendeu as viagens turísticas dentro e fora da China, um golpe no turismo, um dos principais contribuintes para a economia chinesa, que representou 11% do PIB em 2018, segundo dados oficiais.
 
Em Wall Street, o preço das ações da Trip.com, gigante chinesa de viagens online, que está a considerar abrir capital em Hong Kong, caiu 18% em quatro sessões. Na segunda-feira, a empresa anunciou que oferecerá uma "garantia de cancelamento" gratuita. As repercussões serão sentidas noutros lugares da Ásia, do Japão à Tailândia, onde os gastos dos turistas chineses são um motor crucial do crescimento económico.

Impacto do Turismo

A Europa também será afetada, especialmente a França. Com mais de 2 milhões de visitantes por ano, os chineses representam uma clientela significativa para o país e são, acima de tudo, os que gastam mais. O número de turistas chineses em França saltou de 715 mil em 2009 para cerca de 2,2 milhões em 2018, de acordo com a Atout France, agência nacional que promove o turismo no país.
 
Embora os turistas chineses tenham representado aproximadamente 2,5% do total de turistas em França nos últimos anos, "o seu impacto é muito maior em termos económicos: estes gastaram 4 mil milhões de euros, o que equivale a 7 % da receita total do turismo (para o país)", disse Jean-Pierre Mas, presidente da Entreprises du Voyage, a organização que representa o setor de viagens em França, em conversa com a agência AFP. Só em Paris e na sua região, os visitantes chineses gastaram 265 milhões de euros em 2018 em bens "duráveis", que não são consumidos localmente, como carteiras, roupas e perfumes, de acordo com dados da Câmara de Comércio de Paris e Região. Isso torna-os os maiores compradores, à frente dos americanos (246 milhões de euros), dos espanhóis (85 milhões) e dos japoneses (78 milhões).

As festividades do Ano Novo Chinês, de 25 de janeiro a 8 de fevereiro, mas também as duas semanas seguintes, são cruciais para os retalhistas: em 2018 e 2019, as vendas isentas de impostos para os turistas chineses durante o período representaram cerca de 10% do total despesas anuais, lembra o operador de reembolso de impostos, Planet. Em 2019, o turismo chinês representou 32% do valor das vendas isentas de impostos na França, detalha a Planet.
 

Redação com a AFP

Copyright © 2023 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.