Helena OSORIO
24 de mar. de 2020
COVID-19: Dott luta com as armas 100% digitais que tem à mão
Helena OSORIO
24 de mar. de 2020
O Dott que diz ser um shopping online, e não um retalhista, está a enviar gratuitamente, até 9 de abril, produtos de higiene (entre outros bens essenciais) e a convidar PME (Pequenas e Médias Empresas) a comercializarem online, não pagando nada pelo processo até 30 de abril. A ideia é que a economia não volte a parar como aconteceu na crise de 2008.
Além do mais, o Dott, está a garantir até 30 de abril, comissões gratuitas a todas as pequenas e médias empresas (PME), ligadas ao retalho ou venda de bens físicos, que queiram comercializar os seus produtos através deste canal online.
Para a promoção e divulgação desta última medida, o Dott efetuou parcerias com a Associação Empresarial de Portugal (AEP), Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Câmara Municipal do Porto, Centromarca e Portugal Sou Eu.
Em relação á primeira, se propositadamente ou não, nos produtos de higiene, inserem-se os lenços de papel e o papel higiénico que os portugueses esgotaram mal o surto foi anunciado pela imprensa e tornado viral nas redes sociais. As prateleiras de papel higiénico e stocks, esvaziaram nos supermercados e noutras superfícies comerciais. Ao ponto do jornalista comentador, Miguel Sousa Tavares, ter ironizado num direto da TVI que, o novo coronavírus, não provoca diarreia.
A verdade é que fica mais económico usar o papel higiénico como multiusos, agora que é obrigatório desinfetar tantas vezes o corpo, a casa e tudo onde tocamos, para salvaguarda das famílias e de toda a comunidade.
Mal foi dado o alerta do surto do novo coronavírus, a fazer grandes estragos na Ásia e a entrar pela Europa, com as feiras e eventos sazonais, Portugal registou dois primeiros casos no norte, ligados a um empresário chegado de uma feira de calçado em Itália (também primeiro a recuperar) e a um aficionado do festival literário Correntes d’Escritas, no qual participou o escrito chileno, Luís Sepúlveda, que logo depois do evento na Póvoa de Varzim, informou estar internado nas Astúrias onde vive.
Por volta do dia 2 de março, foram confirmados estes dois primeiros casos de COVID-19, em Portugal, a diretora-geral de Saúde Graça Freitas, juntamente com a ministra da Saúde Marta Temido de Almeida, e o primeiro-ministro António Costa, deram o alerta da que classificaram primeiro de epidemia – antes da Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmar ser pandemia –, desvalorizando a doença eventualmente para evitar o pânico.
Volvidos mais de 20 dias, existem mais de dois mil casos confirmados em Portugal continental e ilhas, e mais de 20 vítimas mortais (os recuperados não chegam a 20). As medidas de isolamento social e proteção, continuam a não ser suficientes e nem cumpridas eficazmente por uma população que descura a dimensão da doença.
O pico da pandemia está previsto para a terceira semana de abril e o mais certo é repetir-se, no território português, o panorama a que assistimos de Itália e Espanha, onde já nem se contam os mortos e onde já não há espaço físico para os sepultar.
Precisamente, pelo fecho de estabelecimentos não essenciais, pela obrigação de isolamento social e pelos esforços que se têm feito para não para a economia, a Dott aposta no espaço ainda vazio e aberto aos retalhistas portugueses que podem crescer online, não parando aos efeitos da pandemia. Como shopping (não retalhista), estabelece ligações entre lojas e clientes.
O Dott permite utilizar a maioria das formas de pagamento atualmente disponíveis em Portugal, como referências Multibanco e Payshop. E, muito embora a principal base seja no Porto, conta com uma equipa descentralizada de mais de 30 pessoas e com mais de 1.600 pontos de recolha de produtos (graças aos CTT), facilitando a forma como se compra e recolhem encomendas feitas.
Copyright © 2024 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.