Cristina Vinhas expõe joias em Macau no âmbito das celebrações do 10 de junho

Por

Helena OSORIO

Publicado em
9 de jun. de 2022

Cristina Vinhas expõe joias na Casa de Vidro do Tap Seac, em Macau, no âmbito das celebrações do 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, até ao dia 25 de junho, das 10 às 22 horas. As peças expostas foram criadas especialmente para a exposição individual, intitulada “Mudança", com a assinatura da joalheira de Vila do Conde radicada em Macau. Um título que evoca o alerta e sensibiliza para a necessidade de preservação do meio ambiente. Daí que Vinhas misture nas peças materiais como o vidro, estanho e latão, entre outros.

Nove anos depois da última mostra com o próprio nome da artista joalheira, surge esta exposição com peças muito especiais, que se divide em duas partes, "uma delas em que retrato o subsolo e a outra o mar, a parte subaquática", diz Cristina Vinhas, que considera mesmo, que se trata de uma obra diferente e original.
 
Vinhas leciona a disciplina de Joalharia na Escola de Artes e Ofícios da Casa de Portugal em Macau (CPM) e o tema da “mudança” surgiu neste contexto de nos "relacionarmos com os outros, com a terra e com o mar”, acrescenta.

“Tem de haver mais respeito pelo meio ambiente. A exposição é uma chamada de atenção. Além da parte da beleza [das peças], o que está subentendido é o alerta para a importância da proteção do ambiente”, frisa ainda ao jornal Hoje Macau.

"Jamais conseguiria fazer as peças que compõem a mostra 'Mudança' se não estivesse a viver em Macau", confessa Cristina Vinhas, adiantando que "as peças que encontrei há alguns anos em Cantão dificilmente conseguiria encontrar numa outra zona do mundo. Tenho a minha oficina em Portugal, mas seria difícil fazer uma exposição de vidro lá" onde se encontram “materiais mais tradicionais, e estas peças fogem um pouco ao que é habitual na joalharia”, salienta.

“Na área do vidro também apresento uma abordagem diferente. Faço a combinação do vidro com estanho e latão, que não é comum ver e penso que o resultado é bastante interessante”, conclui sobre a obra que se reúne na “Mudança”, que faz refletir sobre o mundo em que vivemos e em como o olhamos e cuidamos dele.