AFP
Estela Ataíde
15 de mar. de 2021
Depois da H&M, Benetton também suspende encomendas na Birmânia
AFP
Estela Ataíde
15 de mar. de 2021
O grupo de vestuário italiano Benetton anunciou na sexta-feira a suspensão de todas as novas encomendas na Birmânia (atual Myanmar), abalado pelas manifestações reprimidas violentamente desde a tomada do poder, a 1 de fevereiro, pelos militares, expressando "a sua mais profunda preocupação" com a situação.

Citado num comunicado, Massimo Renon, CEO do grupo Benetton, disse: "Vamos suspender as encomendas provenientes do país para dar um sinal forte e concreto." O grupo italiano segue assim o exemplo da gigante sueca do pronto-a-vestir Hennes and Mauritz (H&M), que anunciou na passada segunda-feira a suspensão de novas encomendas na Birmânia.
O responsável acrescentou: “Esperamos que a situação volte a garantir o mais rapidamente possível os direitos fundamentais das pessoas.” A Benetton defende “valores fundamentais como inclusão, integração e não violência”.
A Birmânia é palco de protestos em massa contra um golpe militar que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi. A repressão na Birmânia já fez pelo menos 70 mortos, segundo especialistas da ONU.
Criada em 1965 no nordeste de Itália por quatro irmãos e irmãs, a Benetton era inicialmente conhecida pelas suas camisolas macias em lã de várias cores.
O sucesso da United Colors of Benetton cresceu desde então até se tornar global entre 1982 e 2000 com as chocantes campanhas publicitárias assinadas pelo fotógrafo Oliviero Toscani.
Copyright © AFP. Todos os direitos reservados. A Reedição ou a retransmissão dos conteúdos desta página está expressamente proibida sem a aprovação escrita da AFP.