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Estela Ataíde
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3 de fev. de 2021
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Desigual expande e-commerce a 108 mercados e incorpora franchisados

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
3 de fev. de 2021

Desigual reforça o seu modelo omnicanal. Depois de ter registado um crescimento médio anual de 50% das suas vendas online em 2020, com picos de até 70%, a empresa de moda catalã lança um projeto de expansão do seu e-commerce a 108 novos mercados e prepara-se para integrar os seus franchisados no comércio online nos mercados nos quais já conta com presença no retalho.


Projeto de Upcycling da Desigual - Desigual


Após ter lançado a sua plataforma de e-commerce em mercados como Turquia, Rússia e Hong Kong ao longo do ano passado, a Desigual aspira estar disponível online em mais de 150 países ao longo de 2021. Assim, a empresa pretende que o seu e-commerce dê o salto para 108 novos países, uma expansão graças à aplicação de tecnologias de comércio eletrónico "crossborder" em conjunto com a plataforma especializada Global-e.
 
Jordi Balsells, diretor de estratégia de canais da Desigual, comentou: “Trata-se de um projeto que nos permite oferecer uma experiência de marca homogénea a nível global e que fortalece o nosso modelo omnicanal”. E acrescentou: “Na medida em que contamos com a mesma ferramenta tecnológica, garantimos os mesmos padrões de qualidade no processo de compra e na resposta do cliente, ao mesmo tempo que podemos localizar essa experiência global em cada um dos países.”

Com o objetivo de "globalizar a loja desigual.com", a empresa fundada por Thomas Meyer irá incorporar no seu comércio online, a partir deste mês de fevereiro, os franchisados dos países no quais já conta com presença em lojas físicas como marca, como é o caso do México, Colômbia ou Singapura. O projeto, dividido em duas fases, passará por lançar um teste piloto na Eslovénia este mês. De seguida, ao longo do mês de março, a Desigual pretende estender o modelo a todos os seus franchisados.
 
Jordi Balsells explicou o processo: “Através deste projeto podemos entrar com a loja online nos mercados nos quais agora não temos presença e naqueles onde já estamos presentes através de franchises, aos quais damos autonomia para que possam gerir o comércio online.” A Desigual pretende que os seus franchises possam gerir o seu próprio stock e criar ligação entre o retalho e a venda online, necessidade que se afirma cada vez mais em tempos de restrições sanitárias que limitam a atividade das lojas físicas ou a sua própria abertura.
 

O canal digital representa 30% da faturação



Entre os desafios atuais da Desigual encontra-se o de fortalecer a sua aposta digital. Se atualmente a venda online representa 30% do total, até 2023 a marca pretende que 60% da sua faturação provenha do canal online ou de mercados fora da Europa. Atualmente, essa percentagem é de 43%. Dada a aceleração das “prioridades estratégicas” da empresa provocadas pelo efeito da pandemia, a Desigual diz estar a repensar o “papel das lojas físicas” e a procurar “fórmulas para estar mais próxima do cliente”.
 
“Os países que mais se destacaram em 2020, se olharmos para o crescimento, foram Polónia, Reino Unido, Espanha e Itália”, diz Aleksandra Olszewska, diretora digital da empresa, destacando que o objetivo para este ano é continuar a crescer no Japão, EUA, Canadá e através do T-Mall na China. Além disso, os dados do ano passado indicam que mais de metade das vendas online da marca foram realizadas através de um dispositivo móvel ou tablet e que 75% do tráfego foi proveniente do telemóvel, destacando-se Espanha, Itália e França como os países dos quais chega o maior número de visitas. Em relação ao número de compradores online, a marca registou um aumento de 40%, enquanto a frequência de compra aumentou 15%.

Fundada em Barcelona em 1984, a Desigual é uma empresa de moda com mais de 3300 funcionários que está presente em 89 países através de 10 canais de venda e 438 pontos de venda monomarca. No exercício de 2019, a marca viu as suas vendas reduzirem 10% para 589 milhões de euros.

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