Destree começa expansão de comércio a retalho com primeira flagship em Paris

Como uma peça de fina porcelana branca, com curvas sinuosas e volumes estruturais, a primeira boutique da Destree (anteriormente conhecida como D'Estrëe) recebe os visitantes no número 3 da Rue du 29 Juillet em Paris, no 1.º Arrondissement da capital francesa, a um passo das Tuileries. Um espaço original de 50 metros quadrados concebido pela escultora de moda Simone Bodmer-Turner, com sede em Brooklyn, para refletir as influências da marca, a meio caminho entre Paris e Nova Iorque.

"Queríamos criar um local para apresentar todas as nossas coleções: artigos de couro, joias, chapéus e pronto-a-vestir. Para uma marca, a expressão física no retalho, o encontro com os clientes, é essencial. É um ponto de viragem para nós", explicam à FashionNetwork.com os fundadores da marca parisiense criada em 2016, Géraldine Guyot e Laëtitia Lumbroso (antiga diretora de coleção da Christian Dior Couture). Formada na Central Saint Martins, a criativa radicou-se em Nova Iorque nos últimos dois anos, quando o seu marido, Alexandre Arnault, foi nomeado diretor executivo de Produto e Comunicação na Tiffany & Co.

Um passo em frente para a marca premium caracterizada pela harmonia das cores e assimetrias das suas peças minimalistas, que se materializa apenas alguns meses após o seu aumento de capital. Encerrada no passado mês de abril, a operação estratégica da Serie A, sobre a qual não foram divulgados detalhes financeiros, permitiu a entrada de um grupo selecionado de investidores de renome internacional, liderados por nomes como Beyoncé, Rihanna, Jessica Alba, Gisele Bündchen ou Reese Witherspoon.

"A ronda de financiamento permitiu-nos acelerar o nosso desenvolvimento retalhista e digital", admitem os empresários, que detinham uma participação maioritária, explicando que uma das prioridades tem sido "contratar novos colaboradores desde o início do ano para acompanhar este crescimento". À data, a empresa conta com 14 empregados e reforçou as suas equipas em "todas as divisões" (estúdio, produto, produção, digital e retalho).

Atualmente presente no canal físico com 80 pontos de venda internacionais, incluindo lojas de departamento e concept stores, a Destree acaba de se lançar em grandes lojas de departamentos com um novo corner na Le Bon Marché (desde 1838), em Paris, e com um espaço efémero na Selfridges (desde 1909) em Londres.

Impulsionada pelo aumento de capital, a empresa pretende lançar um plano de aberturas internacionais que terá início com a abertura da sua própria boutique no Catar, em setembro. A Destree também vai aterrar em Londres nos próximos meses e planeia abrir lojas na Ásia, especificamente na China e no Japão, no início de 2023. Nova Iorque está também na sua mira.

Embora a marca não divulgue detalhes dos seus resultados financeiros, os fundadores estão confiantes no bom desempenho das suas operações no canal online, que já representa 50% do volume de negócios total. Com os Estados Unidos como o mercado número um em termos de vendas, seguido de perto por França, a Destree ostenta uma boa "descolagem" na região asiática desde 2020.

Inicialmente posicionado no segmento de acessórios femininos, a Destree confia no "forte peso" de artigos de couro e joias. Os promotores da marca estão também a celebrar o sucesso dos seus designs de pronto-a-vestir, que foram lançados há oito meses. "O lançamento tem sido um verdadeiro sucesso. A categoria está a crescer e está a tornar-se uma parte cada vez mais importante do nosso negócio.

"Criar uma marca significa investir muito para aumentar a notoriedade. E é isso que continuaremos a salientar", concluem Géraldine Guyot e Laëtitia Lumbroso sobre os seus planos para o futuro.

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