Día Mágico by Fimi celebra comunhão e moda de cerimónia em Valência
De 12 a 14 de maio, os salões da Feria Valencia mais uma vez abrigaram as últimas propostas de moda infantil, juntamente com as próximas coleções de comunhão e cerimónia para crianças. O certame espanhol, que pela primeira vez acolheu em conjunto as feiras Día Mágico e Fimi, voltou a sublinhar o lugar de Valência como ponto de encontro da moda infantil. Com uma área de 10.000 metros quadrados, que dobrou o espaço da última edição, a feira recebeu um total de 110 marcas expositoras e uma centena de compradores de mais de 20 países, como México, Arábia Saudita, Portugal, Itália ou mesmo Madagáscar.

“Estamos super satisfeitos com os resultados. Investimos fortemente no convite a compradores estrangeiros, presença que cresceu muito nesta edição. O sector nacional ainda é raro, então poder abrir novos mercados é fundamental para as nossas empresas. Além de ser algo que gera grande valor agregado à feira”, explicou a diretora do evento, Alicia Gimeno, à FashionNetwork, agradecendo à IVACE, à Câmara de Valência e à ASEPRI (Associação Espanhola de Produtos Infantis) pelo apoio no projeto. Assim, a dirigente assegurou que as marcas registaram múltiplas encomendas desde as primeiras horas da manhã do dia da passada sexta-feira (12 de maio). De acordo com os últimos dados divulgados, a feira profissional registou até 18% dos visitantes profissionais do estrangeiro e 75% do volume de negócios anual das empresas participantes é realizado na feira.
Para a responsável, o interesse pelo evento destacou-se tanto em mercados católicos como o irlandês, quanto em protestantes como o Reino Unido. “Embora existam locais onde a comunhão não é celebrada, os vestidos são facilmente adaptáveis à moda doutras cerimónias. Em Espanha, como em Portugal, a comunhão é uma data clássica; mas outros países estão mais vocacionados para cerimónias, procurando bom design, modelos de qualidade e preços interessantes”, analisou o nicho do evento, insistindo no impacto comercial positivo das tendências de usar vários looks por evento ou vestir crianças com cerimónia noutros eventos independente da religião. “No nosso país há um grande problema de natalidade e, além disso, cada vez menos crianças comungam; por isso é lógico adaptar e direcionar a oferta para eventos de forma mais ampla”, insistiu.

O otimismo foi generalizado entre as marcas, o que destacou as sinergias positivas entre as duas feiras e o aumento da representatividade das marcas de calçado. "Estamos contentes. Ganhamos cinco novos clientes internacionais”, disse Antonio Jesús Sánchez, administrador da empresa andaluza Abuela Tata, sobre os seus recentes acordos com compradores da Irlanda, México ou Arábia Saudita como sendo alguns dos países de origem. Já Maria José Cánovas, da empresa de acessórios Josephine Luca, comemorou a boa aceitação dos seus produtos entre os clientes italianos e um possível novo cliente do Kuwait. No campo dos compradores, o tom otimista também esteve presente, sublinhando-se a “movimentação constante nas bancas” e o leque alargado de propostas: das mais clássicas e românticas às boémias, alternativas casual ou mesmo caracterizadas pela forte presença de cores como o violeta, rosa ou azul.
No entanto, o comprador nacional voltou a dominar a presença no certame. “Todos os anos atraímos novos compradores de qualidade, que procuram na nossa feira um lugar para se inspirar e se abastecer para se diferenciar para a próxima estação”, disse Gimeno sobre os perfis variados de compradores que frequentam: de lojas de departamento a redes, passando pelas principais lojas físicas e online, a investidores em franquias ou marketplaces. Em comparação com a edição anterior, que o Día Mágico realizou sozinho em maio do ano passado, os dados de comparecimento subiram para 13%. Na primeira edição do Día Mágico, organizado em 2013, o evento contou com apenas cerca de 20 marcas e surgiu da necessidade de separar a moda cerimonial infantil da indústria nupcial.

Um dos destaques do 10.º aniversário da montra comercial especializada em comunhão e cerimónia prendeu-se com a organização dos desfiles “Paseo Mágico” ao longo dos seus dois dias, onde desfilaram um total de nove marcas infantis. Se a Amaya Couture se inspirou na série "Emily in Paris" e Beatriz Montero propôs reminiscências dos anos 50, Javilar optou pela cor roxa para "reivindicar a igualdade" e Mon Air criou a sua visão particular das ilhas gregas. As coleções mais clássicas e tradicionais foram realizadas pelas marcas Marla, La Infantita, Lilus ou Mimilú. Pela primeira vez na história dos desfiles infantis valencianos, os estilistas das marcas ocuparam o centro do palco após cada apresentação, como forma de “celebrar e tornar visível o trabalho que muitas vezes fica escondido na oficina”.
Embora a próxima edição do evento espere até maio do próximo ano, a direção já manifestou interesse em manter o formato de celebração conjunta com o objetivo de “unir o sector e criar sinergias”. Por sua vez, BabyKid + Fimi, salão especializado em puericultura e moda infantil, voltará a ter lugar na Feria Valencia no próximo mês de janeiro.
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