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Publicado em
15 de mar. de 2023
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5 Minutos
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Dino Alves, Luís Borges e Nuno Baltazar encerram ModaLisboa em beleza

Publicado em
15 de mar. de 2023

Entre as melhores coleções da ModaLisboa - Lisboa Fashion Week estão as de Dino Alves e Nuno Baltazar, apresentadas no domingo (12 de março), com destaque para a do primeiro completamente deslumbrante. Luís Borges deu o melhor show com a sua marca Call Me Gorgeous, ao som da cantora, compositora e rapper portuguesa Nenny que se fez acompanhar por um grupo afro de bailarinos deslumbrantes. Sem dúvida um grande final. Mais ainda com Ana Mata, a veterana top modell dos anos 80 e 90, a desfilar.


NunoBaltazar - @ugocamera / Modalisboa.pt


Por ordem de entrada, foi Nuno Baltazar o primeiro a desfilar na passerelle dos armazéns da ModaLisboa, apresentando uma coleção de grande qualidade, com tudo o que já nos habituou desde há décadas. 

Começa por se ouvir o ecoar de uma Avé Maria que se repete numa sequência interminável com música eletrónica a intercalar. Segue-se o pecado (salvo seja), às escuras, com as manequins de vela acesa na mão, ostentando os looks considerados dos mais fantásticos do evento pelos tecidos sublimes, combinações inusitadas, paleta doce com predominância de tons neutros como café e conhaque e temperada de açafrão, azul-inglês ou leopardo. 


NunoBaltazar - @ugocamera / Modalisboa.pt


E fez-se luz! O que para muitos terá sido uma achega à religião católica, pela denúncia dos últimos sacrilégios, para outros foi um toque enraizado de cultura portuguesa, da educação repressora em que tudo fica mal e do grito de liberdade que se tem vindo a dar há muito tempo. Como o próprio Nuno Baltazar manifesta à FashionNetwork.com:  “É uma provocação à comunidade católica, e mais aos próprios fieis que pouco ou nada se pronunciam sobre esta questão”.

Aleluia! O elenco inclusivo de beldades escolhidas a dedo – não fossem das caras mais bonitas dos três dias de passerelles, com corpos esculturais e longas pernas de gazela – confirma esse "lugar de reflexão sobre diferentes corpos, os seus contextos e novas perspetivas resultantes do questionamento sobre a sua estética e dos seus processos artísticos. Numa dialética subversiva em que desenraíza conteúdos religiosos e os contextualiza em novos corpos performativos, numa narrativa que cruza a cultura popular com a queer", diz uma nota sobre a coleção Transverse.


NunoBaltazar - FashionNetwork.com


Pelo próprio título se descortina que esta coleção de Nuno Baltazar seja também um grito de apoio às comunidades queer e transexual, não faltando a sua presença física. Numa coleção para o outono-inverno 2023/24, que afinal "desenvolve um caminho oblíquo entre os seus elementos de assinatura, sob uma nova perspetiva performativa em que desconstrói os seus próprios paradigmas", acrescenta.

"Silhuetas oversized coexistem com estruturas de construção anatómica, apontamentos tridimensionais, mangas dramáticas e jogos de direito e avesso. Texturas secas em pontos tafetá e moiré e acolchoados contrastam com pailletes, crepes líquidos em cores planas ou prints leopardo", conclui a nota de programa.


Nuno Baltazar - @ugocamera / ModaLisboa.pt


Dino Alves não ficou atrás, excedeu-se mesmo pela positiva com a sua coleção TRANS – FORMA que "retrata a vontade constante que o ser humano tem de mudança, sobretudo da sua aparência física", diz a nota de programa que confirma ser esta uma viagem pela História da Moda.

Dino considera as peças de roupa íntima, estruturadas ou acolchoadas, "uma espécie de próteses: colocados debaixo das peças de roupa, vários tipos de espartilhos afinavam a cintura, fazendo salientar as ancas; as anquinhas ou tournures, que as aumentavam ainda mais; as crinolinas e outro tipo de enchimentos que, por uma razão ou outra, alteravam a silhueta física, sobretudo das mulheres", reforça.


Dino Alves - FashionNetwork.com


Dino Alves, num gesto revivalista e transformador – também característico dum século XIX frutífero em inovações, tecnologia e mudança – transforma os acessórios interiores da referida época, transportando-os para fora, e "assumindo-os como parte das próprias saias, vestidos e calças". Cria assim outros elementos e novas formas em "silhuetas ora surreais, ora bizarras", onde a elegância é uma palavra de ordem. Mormente os looks masculinos e sem género não são esquecidos.

Destacamos o sem fim de drapeados e transparências em tecidos vaporosos onde não ficam de fora as lãs, malhas, tule, ganga, sarjas, algodão orgânico, popelinas, vinil, georgette, organza, viscose e acolchoados.


Dino Alves - @ugocamera / Modalisboa.pt


As cores são predominantemente o preto, nude, branco, azuis, amarelo, rosa, salmão pálido e lilás.

Destacamos as famosas crinolinas feitas artesanalmente com crinas de cavalo (daí o nome), e usadas de 1852 a 1870 em todo o mundo, tendo sido industrializadas a partir de 1855 e dispensadas ainda no final do século XIX. Não estas ancestrais, mas as armações assinadas por Dino que recuperam a sua lógica aplicada noutras partes de peças de roupa desta coleção também romântica pela envolvência e inspiração. E, pela primeira vez, surgem em calças​ masculinas avantajadas.


Dino Alves - @ugocamera / Modalisboa.pt


Por fim, Luís Borges, dá um show de música ao vivo e dança, enaltecendo os talentos afro e afrodescendentes que não faltam em especial na capital portuguesa. O mesmo se prolongou ao elenco que pode ser considerado o mais inclusivo em termos de corpos, favorecendo tão-somente os filhos de África e de sua ascendência.

Os básicos e denim foram o grande élan nesta coleção denominada Big Bang da Call Me Gorgeous apresentada em grande frenesim e com muitas expectativas.


Call Me Gorgeous by Luís Borges - @ugocamera / Modalisboa.pt


A nota de programa explica que se trata da "criação definitiva de um tempo transparente onde o céu explode de cor. A construção de um espaço onde a teoria da evolução se concretiza finalmente na diferença, onde cada um e cada uma pode crescer para ser uma constelação", o que se alarga a Nenny e às suas estrelas como parte do grande sucesso.

Numa coleção que "se aventura para outros cantos do cosmos, com novos materiais, novos tons, novos brilhos e um design que se desapega de limitações terrestres".


Call Me Gorgeous by Luís Borges - @ugocamera / Modalisboa.pt


Enfim, um desfile com histórias e personalidades onde soa em cada qual, "um novo Big Bang. Porque o tempo não é infinito, mas somos nós que criamos o espaço". Neste contexto surge Ana Mata em grande forma, uma das melhores manequins portuguesas de sempre.

É assim que Luís Borges abraça o mundo onde todos temos um lugar ao sol (ou deveríamos).


Ana Mata vestida pela marca Call Me Gorgeous by Luís Borges - @ugocamera / ModaLisboa.pt

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