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16 de jun. de 2016
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Diretor da OMC diz ser difícil prever efeitos da saída do Reino Unido da UE

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Agencia Brasil
Publicado em
16 de jun. de 2016

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, disse esta quinta-feira (17) que não é possível prever os efeitos de uma possível saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

A decisão sobre a permanência do Reino Unido como membro da União Europeia será tomada em referendo na próxima semana.


"É muito difícil mensurar o impacto disso para o Reino Unido e para outras economias parceiras do Reino Unido. Não há uma resposta muito óbvia", ressaltou, após participar do encontro da Câmara Internacional de Comércio.

Para Azevedo, a extensão do impacto será determinada pelas condições que serão estabelecidas com os países que têm acordos comerciais com o bloco europeu. "Ninguém sabe [quais serão os efeitos]. Vai depender das condições de negociação que, ao meu ver, terão de acontecer com todos os países com os quais a União Europeia tem acordos de preferência tarifária", afirmou.

A decisão sobre a permanência do Reino Unido como membro da União Europeia será tomada em referendo na próxima semana. O governo britânico se tem manifestado contra a saída do bloco. No entanto, levantamentos de opinião apontam para a possibilidade de que a votação determine o contrário.

Um relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) – divulgado no início de junho – indicou que a saída do Reino Unido da UE provocaria volatilidade nos mercados financeiros, dificultando o crescimento do comércio global. Além disso, haveria, segundo o documento, efeitos negativos sobre a própria economia britânica.

A estimativa da OCDE é que em 2030, caso seja efetivada a saída do bloco, o Produto Interno Bruto (a soma de todas as riquezas produzidas pelos países) do Reino Unido será 5% menor do que se permanecer na União Europeia.

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