AFP
10 de jun. de 2015
Diretor executivo da Cartier recusa lançar-se na corrida do relógio inteligente
AFP
10 de jun. de 2015
A joalharia Cartier, uma das campeãs da relojoaria de luxo, recusa lançar-se na corrida dos relógios inteligentes, confia à AFP seu diretor executivo Stanislas de Quercize.
Para ele, o relógio conetado à Internet, que se acelerou com o lançamento do Apple Watch, "é totalmente complementar" a um relógio clássico e trata-se de "outra forma de se obter informações, mas isso não tem o mesmo valor: quando se observa a hora num smartphone ou relógio inteligente, ela não lhe dizer a preciosidade da passagem do tempo".
"Há utilidade, mas não afeto" com um relógio conetado, enquanto todos os nossos relógios são fortemente ligados ao nosso lado emocional”, afirma.
A casa de moda reabriu na passada semana sua butique emblemática dos Campos Elíseos (Paris) depois de oito meses de restaurações, no âmbito de uma série de reformas e aberturas de novos espaços em todo o mundo, onde ela conta com 286 lojas.
Flutuações monetárias, fortalecimento do franco suíço, instabilidade em Hong Kong, medidas anticorrupção na China (que levaram a uma interrupção súbita dos presentes de negócios), tudo em meio à crise: o setor do luxo está também a enfrentar várias alterações e as grandes marcas têm de variar suas estratégias para continuar a vender.
Para enfrentar a situação, Stanislas de Quercize privilegia um reforço do "grau de exigência". Desde a criação da casa de moda em 1847 em Paris, "vocês imaginam o número de turbulências monetárias, de crises, de guerras mundiais, isso faz parte da vida. Mas o que resta, são as joias e a relojoaria", sublinha o dirigente.
A casa de moda Cartier é a maior subsidiária do grupo suíço Richemont, número dois do luxo, atrás do grupo Francês LVMH, que conta com marcas de referência como Van Cleef & Arpels ou Jaeger-LeCoultre.
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