Dolce & Gabbana abandona peles, mas trabalhará com setor em alternativas ecológicas
A Dolce & Gabbana comunicou esta segunda-feira que "decidiu deixar de usar peles de animais em todas as suas coleções a partir de 2022".
Mais importante, disse ainda que "para preservar o trabalho e o profissionalismo dos que trabalham as peles, guardiões do saber e das competências específicas com valor acrescentado essencial, a Dolce & Gabbana irá continuar a colaborar com estes artesãos na criação de peças de vestuário e acessórios em ‘pele ecológica’, uma alternativa sustentável de pele sintética que utiliza materiais reciclados e recicláveis."
A marca de luxo italiana acrescentou que a nova política é apoiada pela Humane Society of the United States e a Humane Society International, de acordo com as diretrizes da Fur Free Alliance.
Fedele Usai, diretor de Comunicação e Marketing do grupo, declarou: "A Dolce & Gabbana está a trabalhar por um futuro mais sustentável, que não pode contemplar o uso de peles de animais. Todo o sistema da moda tem um importante papel de responsabilidade social que deve ser promovido e incentivado: vamos integrar materiais inovadores nas nossas coleções e desenvolver processos de produção que respeitem o meio ambiente, preservando os empregos e o savoir-faire dos artesãos, que de outra forma correm o risco de desaparecer."
A notícia da Dolce & Gabbana surge apenas uma semana após a Moncler anunciar também a remoção de peles finas da sua oferta.
Nos últimos anos, cada vez mais marcas de luxo eliminaram as peles verdadeiras como material principal ou de acabamento, mas poucas fizeram um compromisso tão forte em trabalhar com o setor em alternativas de “peles sintéticas”.
Algo que faz sentido em termos de negócio, uma vez que a “pele sintética” se está a tornar mais popular como uma opção sem culpa e a qualidade e as credenciais ecológicas destes tecidos têm melhorado radicalmente.
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