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Estela Ataíde
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9 de dez. de 2021
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E-commerce: Vinted, eBay e Vestiaire Collective são as principais plataformas internacionais sustentáveis da UE

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
9 de dez. de 2021

Ao examinar o peso dos portais e os seus compromissos em termos de RSC*, o estudo mais recente da Cross-Border Commerce Europe revela o aumento da força da segunda mão neste setor. Atrás deste ranking dominado pela Vinted, a plataforma europeia de investigação estima que o peso da moda em segunda mão deverá duplicar até 2025 na União Europeia (incluindo o Reino Unido) para pesar 34 mil milhões de euros, devido ao número crescente de internautas a experimentar a revenda.


Cross-Border Commerce Europe


“O mercado de revenda de produtos de moda cresce atualmente 11 vezes mais rápido que o retalho tradicional”, apontam os autores do relatório. "Em 2030, o mercado da revenda será duas vezes mais importante que o da fast-fashion."

O estudo observa que, em 2021, cerca de 90 milhões de compradores europeus tentaram revender online pela primeira vez. Uma aceleração particularmente notável em comparação com os 16 milhões registados em 2020.

Assim, o ranking é dominado pela lituana Vinted, que obtém uma pontuação de 70 na classificação (ver critérios *). "Com quase 2,75 mil milhões de euros em valor agregado (GMV), a Vinted tem uma participação no mercado de revenda de quase 40% na Europa", observa o relatório. Segue-se o americano eBay, um veterano da revenda, que em três anos aumentou o número de anúncios em 30%,  e o francês Vestiaire Collective, cuja avaliação já chega a 1,7 mil milhões de euros. De seguida, aparecem as americanas StockX (streetwear) e Depop, plataforma de moda CtoC adquirida recentemente pela Etsy.

A americana Etsy não está longe no ranking, ocupando a 7ª posição, atrás do seu compatriota Artpal, também dedicado à venda de artesanato e de obras de arte. No lugar seguinte encontra-se a Rubylane e a sua gama de peças antigas, que vão desde moda a joias, cerâmica e peças de arte. A incontornável Amazon ocupa a 9ª posição, seguida do Spoonflower, um portal dedicado ao design de interiores e ao mobiliário responsável.

Apenas "30% dos dez principais marketplaces C2C no Top 100 dos marketplaces internacionais sustentáveis se esforçam para reduzir as emissões carbono das suas próprias atividades, implementando um sistema de transporte direto ao consumidor dentro da UE", afirma o relatório. "Estas plataformas também compensam as emissões de CO² aderindo a programas de energia neutra em carbono."


Shutterstock


Além do Top 10, a Cross-Border Commerce Europe menciona os lugares conquistados por outros players, como a alemã Spreadshirt (14.º), a britânica Asos (17.º), a berlinense Zalando (19.º), a generalista holandesa de preços baixos Bol.com (19.º), a francesa LeBonCoin (21.º), a  Farfetch (26.º), fundada pelo português José Neves, e ainda, na Alemanha, a especialista em recondicionamento high-tech Rebuy (28.º) e a especialista na devolução de livros Momox (30.º).
"Os marketplaces detêm uma quota de mercado significativa de cerca de 50% para compras transfronteiriças B2C e C2C de bens de consumo online na Europa e beneficiam do comércio eletrónico que abre o caminho para um futuro mais sustentável e circular", acredita a Cross-Border Commerce Europe.

Uma perspetiva otimista que não aborda, no entanto, uma crítica crescente ao mercado da segunda mão, cujas virtudes de reutilização suscitam preocupações até mesmo entre os defensores do meio ambiente. Estes consideram estes dispositivos uma nova forma de incentivar o consumo excessivo, por fazerem com que os compradores se sintam menos culpados, apesar da aceleração das emissões de CO² provocada pela atividade.

* Estudo realizado em parceria com a FedEx Express e a Worldline. A classificação baseia-se  numa pontuação de 100 assente em dez parâmetros: objetivos de desenvolvimento sustentável transfronteiriço, modelo de negócio transfronteiriço sustentável, experiência de compra transfronteiriça sustentável, certificação e rótulos de sustentabilidade, variedade de produtos sustentáveis e entrega e transporte sustentável do último quilómetro. Mas, também parceiros de marca, fabrico e transporte no Extremo Oriente, medição da pegada de carbono CO2 e executivos responsáveis pelo desenvolvimento sustentável (RSC).

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