El Corte Inglés ofereceu mais de 1,2 mil milhões de euros para adquirir Tendam
O El Corte Inglés parece determinado a criar um gigante da moda de 4 mil milhões de euros, conforme se soube no verão passado. O grupo de distribuição tem como alvo a Tendam e, nas últimas semanas, ofereceu mais de 1,2 mil milhões de euros pelo conglomerado que inclui marcas como Cortefiel ou Springfield, proposta que foi rejeitada pelos seus fundos proprietários, CVC Capital Partners e PAI Partners .
Assim, segundo publica o jornal espanhol El Confidencial, a holding presidida por Marta Álvarez terá oferecido 800 milhões de euros pela Tendam e estará também disposta a assumir a dívida de 445 milhões acumulada pelo antigo grupo Cortefiel.
Aludindo a fontes próximas às negociações, o referido jornal sustenta que houve reuniões entre Víctor del Pozo, CEO do El Corte Inglés, e os responsáveis para Espanha da CVC Capital Partners e PAI Partners, Javier de Jaime e Laura Muries.
Mas, por enquanto, as posições entre as duas partes estão distantes, já que os fundos exigem cerca de 2 mil milhões de euros pela Tendam e também surgem atritos na questão da distribuição de poder da empresa resultante da fusão.
Estas movimentações, sem operações concluídas até à data, inserem-se num contexto de queda das margens devido ao aumento dos custos de produção, transporte e eletricidade, o que aponta para uma tendência de concentração do setor têxtil, quer através da fusão ou compra de empresas.
A par da Tendam, na mira do El Corte Inglés para criar este gigante da indústria da moda poderão estar outras empresas como Mango, El Ganso, Álvaro Moreno ou Scalpers. Esta última encontra-se atualmente à procura de um comprador: o seu principal investidor, Jaime Bergel, com 70% do capital, contratou a consultora financeira Arcano Partners para vender a sua participação maioritária.
Por seu lado, o grupo Tendam tem como investidores a CVC e a PAI Partners desde 2006 (na altura, entraram no capital da Cortefiel juntamente com a Permira). Os fundos já tentaram vender o conglomerado em 2019 através da sua entrada em bolsa, uma operação que não deu frutos devido às altas expectativas de valorização.
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