El Corte Inglés volta aos lucros em 2021 após aumento de 22% na faturação
O El Corte Inglés avançou para a recuperação em 2021. No último exercício, encerrado a 28 de fevereiro de 2021, o grupo de distribuição espanhol aumentou o seu volume de negócios em 21,93% em termos homólogos, para 12.508 milhões de euros, regressando aos lucros após registar perdas históricas em 2020.
Assim, se no ano fiscal marcado pela pandemia o grupo registou prejuízos de 2.945 milhões de euros, em 2021 o seu lucro bruto situou-se em 3.896 milhões de euros (mais 30,5% do que no exercício anterior) e o seu lucro líquido em 120 milhões de euros, ainda longe dos 310 milhões de 2019.
Relativamente ao Ebitda, no último exercício fiscal o El Corte Inglés melhorou consideravelmente este indicador: subiu para 804 milhões de euros, ou seja, mais 756 milhões que em 2020 e menos 126 milhões que em 2019.
A empresa avalia: “Esta melhoria é determinada pela boa evolução do negócio, pela otimização de custos e pelos sucessos na gestão, o que nos permitiu recuperar o caminho de crescimento e regressar aos lucros apesar de todas as dificuldades que as sucessivas variantes da Covid-19 têm causado, da escassa recuperação turística, do complexo contexto económico e de uma escalada sem precedentes do preço da energia.”
Recorde-se que 2019 foi um exercício recorde para o grupo, que registou um volume de negócios de 15.261 milhões de euros.
Forte crescimento de 49% da área da moda
Nas suas contas anuais, o El Corte Inglés destaca que “o motor da sua recuperação” em 2021 foi o negócio do retalho, que registou vendas de 11.300 milhões de euros. Destaque para o bom desempenho da área da moda, que situou o seu crescimento em 48,8% e a sua faturação em 4800 milhões de euros.
Por volume de crescimento, segue-se a divisão de vendas de lar e eletrodomésticos (+11,3%, para 1.302 milhões) e cultura e lazer (11,5% e 2.145 milhões de euros). “Na área alimentar, corrigiu-se o momento excecional que o setor viveu em 2020, colocando o volume de vendas em 2.648 milhões, o que representa um ligeiro decréscimo de 4,8%”, esclarece o grupo.
Juntamente com o retalho, as vendas online consolidaram-se como uma das peças-chave do negócio, representando já 12,3% do volume total de vendas dos grandes armazéns. Em 2020, e com a pandemia como pano de fundo, este canal representou 17,3% da faturação.
Alianças estratégicas e redução da dívida
O El Corte Inglés analisa também nos seus resultados as alianças que marcaram o exercício, destacando especialmente o acordo pelo qual o grupo Mutua adquiriu 8% do grupo. Embora esta operação tenha sido anunciada em 2021, foi formalizada no exercício de 2022.
Este acordo, como sustenta a empresa, “permitirá oferecer aos clientes do El Corte Inglés uma melhor oferta de seguros, mais completa e personalizada”, mas também tem um impacto direto na dívida do grupo.
No final de 2021, a dívida do El Corte Inglés situava-se em 3.514 milhões de euros (no final do exercício de 2020 era de 3.811 milhões). Após a assinatura da aliança com a Mutua, “a dívida voltou a registar uma forte descida, situando-se nos 2.555 milhões de euros, o nível mais baixo dos últimos 15 anos”, como sublinha o conglomerado.
No último exercício, destacou-se também a fusão entre El Corte Inglés e Logitravel, enquanto esta divisão “e apesar da persistência que os efeitos da pandemia tiveram durante grande parte do exercício”, aumentou as suas vendas em 218,6% em termos homólogos, para os 984 milhões de euros. Este é um número ainda distante dos 2.731,7 milhões de 2019.
Também em 2021, o grupo lançou as bases para mais uma linha estratégica de negócios com a criação da empresa El Corte Inglés Logística Avanzada. “O objetivo é fazer crescer esta área de atividade e aproveitar a sólida infraestrutura logística dedicada ao serviço interno do próprio retalho para ampliar o negócio e prestar serviço a terceiros”, conclui a empresa.
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