Elon Musk anunciou, na sexta-feira (8 de julho), que pôs fim ao acordo para comprar o Twitter por 44 mil milhões de dólares (43,76 mil milhões de euros), pois, segundo o mesmo, a rede social violou as suas obrigações contratuais, em particular, fornecendo dados incorretos ou incompletos em relação ao número de contas falsas.

As ações do Twitter, que havia caído 4,85% em Wall Street após um artigo do Washington Post a indicar que o projeto de aquisição estava ameaçado, caiu 7% nas transações pós-mercado.

O presidente do conselho do Twitter, Bret Taylor, disse que o conselho planeia tomar medidas legais para fazer cumprir o acordo. "O conselho de administração do Twitter está comprometido em firmar o acordo pelo preço e nos termos acordados com o sr. Musk", declarou.

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Os advogados do proprietário da Tesla disseram num documento que o Twitter não respondeu aos inúmeros pedidos de informações sobre contas de spam e contas falsas, dados fundamentais para avaliar o desempenho da empresa. "O Twitter violou várias cláusulas do acordo e parece ter feito declarações falsas e enganosas nas quais Musk se baseou para firmar o acordo de fusão", disse o documento.

Sob os termos do acordo, o bilionário terá de pagar uma multa de mil milhão de dólares (0,99 mil milhão de euros) se não fechar o negócio.

Elon Musk ameaçou encerrar o acordo de aquisição, a menos que o Twitter provasse que as contas de spam e bots representavam menos de 5% dos usuários que veem publicidade na sua plataforma.

No mês passado, o Twitter concedeu a Elon Musk acesso ao seu "firehose", um repositório de dados brutos de centenas de milhões de tweets diários. Segundo o bilionário, a empresa forneceu dados incompletos ou inutilizáveis ​​e parecia que havia contado contas suspensas no seu total de usuários que, portanto, sabia que eram falsas.

Essa decisão corre o risco de levar a uma longa disputa legal entre Elon Musk e a empresa com sede em São Francisco.