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Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
5 de set. de 2018
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6 Minutos
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Encontro com Tommy Hilfiger: "Considero Xangai uma das capitais da moda contemporânea"

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
5 de set. de 2018

A FashionNetwork.com conversou com Tommy Hilfiger na terça-feira (4) pela manhã, antes do seu desfile em Xangai, para entender um pouco mais sobre a sua conquista do mercado chinês, a colaboração com Lewis Hamilton e o lançamento da sua nova coleção - Icons of Tomorrow. O estilista também nos deu um primeiro vislumbre de outra futura colaboração, com a marca de streetwear Kith, que será lançada no Brooklyn na quarta-feira. Para o designer americano, a Kith é a nova Supreme.
 
O estilista de 67 anos foi para a China para organizar um desfile imponente na célebre zona à beira-mar de Xangai, com o piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton, sucessor da modelo Gigi Hadid como colaborador da marca. Estava vestido com calças chino cru, blazer Hilfiger, é claro, uma camisa engomada e um par de sapatilhas brancas personalizados pela sua esposa, Dee Ocleppo.
 
Encontrámo-nos na sua suíte no hotel Peninsula para abordar em profundidade tudo sobre a sua marca e como superou a Calvin Klein - ambas as empresas pertencem ao grupo PVH - em termos de vendas globais e alcance. Questionámos também o estilista sobre qual seria o seu emprego de sonho se trabalhasse na Europa. Resposta: diretor artístico da Saint Laurent.


Tommy Hilfiger e Lewis Hamilton


FashionNetwork.com: Por que escolheu a China para realizar este evento?
 
Tommy Hilfiger: Considero Xangai como uma das capitais da moda contemporânea, e a cidade abriga uma enorme legião de fãs da marca Tommy Hilfiger. A Ásia é o nosso território que mais cresce e a China é quase metade disso. A região Ásia-Pacífico cresce mais rápido que qualquer outra e atualmente representa um terço dos nossos negócios.

FNW: Por que lançar a coleção criada em colaboração com Lewis Hamilton na China?

TH: Lewis Hamilton é mundialmente conhecido e tem um grande número de admiradores aqui. E desde que adotámos o conceito de "see now, buy now", estamos sempre a olhar para o futuro. Para onde ir a seguir?
 
Lewis trouxe muitas ideias. Apareceu nos nossos estúdios em Amsterdão, Nova Iorque e Londres com um enorme stock de ideias; fotos, roupa do seu próprio guarda-roupa, ideias muito específicas sobre o que queria fazer. Em seguida, a nossa equipa de design e produção cuidou de tudo. Ele participou na seleção de todas as cores e tecidos. Nós fizemos de tudo para conseguir criar exatamente o que ele queria. A sua contribuição foi percebida em todas as etapas do processo. Gigi era muito ativa, mas não tanto quanto Lewis. Ele experimentou todas as peças, participou no styling do lookbook e de todos os looks do desfile. É apaixonado por moda e cuidou até mesmo da banda sonora, escolhendo os artistas, as faixas que seriam tocadas e a sua ordem!

Além da linha criada com Lewis, apresentaremos a coleção feminina e a nossa nova linha, "Icons of Tomorrow", com peças icónicas do nosso legado, modernizadas e apresentadas nos ícones atuais, os millennials. A coleção não teve a contribuição criativa deles, mas foi inspirada neles, os verdadeiros influenciadores da atualidade.

FNW: Há três anos, o conceito "see now, buy now" era cotado como o próximo grande passo no retalho, mas funcionou para poucos. Como conseguiu fazer dele um sucesso?
 
TH: O  nosso cliente é jovem, é um millennial em busca de satisfação imediata, entusiasmo, experiências diretas. Alguns estilistas vendem itens muito caros e orientados para pessoas nos seus 50 anos, no entanto, este público não tem tanta urgência. Mas, se um millennial encontra um produto que realmente lhe agrada, como uma colaboração com Gigi ou Lewis, quer comprar e usar no mesmo dia. É por isso que operamos desta maneira.
 
FNW: Atualmente, a moda está obcecada com o athleisure. Trata-se de uma mania recente? Qual é a sua visão sobre este fenómeno?

TH:
Bem, eu uso athleisure constantemente. Sempre que apanho um avião, uso as minhas calças desportivas. Até pretendo usar umas hoje à noite e pedi a Lewis para tomar a decisão por mim! É uma questão de conforto. Com certeza se lembra que, nos anos 90, criámos o conceito antes de todos! Veja as publicidades que fizemos no início da década com Kate Hudson, as filhas de Rod Stewart e Quincy Jones, e o filho de Kareem Abdul Jabbar: todos são filhos de celebridades. Não é muito diferente do que está a ser veiculado hoje. Isso é streetwear e athleisure. Por isso, na minha opinião, somos em grande parte os criadores deste fenómeno.
 
Tommy Hilfiger aponta para uma nova publicação in-house - um look de outra colaboração, com a marca Kith.
 
Esta estreia na quarta-feira no Brooklyn; é uma edição limitada que será vendida apenas na Kith. A marca tem lojas em lugares como Nova Iorque, Miami, Los Angeles e Bergdorf Goodman. É a nova Supreme. Todos os clientes da Supreme estão a migrar para a Kith, porque a Supreme se tornou incrivelmente comercial; até mesmo crianças de 13, 14 anos de idade estão a comprar peças da Supreme atualmente, enquanto os millennials estão a comprar na Kith.
 
Ele (o fundador da Kith, Ronnie Fieg) fez pesquisas nos nossos arquivos; extraiu algumas ideias do passado para as recriar à sua maneira. Recebeu carta branca para uma coleção inteira. Adidas, Reebok, Nike e New Balance já usaram o seu talento como designer. Nós até organizámos uma colaboração tripla entre Timberland, Kith e Tommy Hilfiger. Os primeiros modelos serão vendidos no site da Kith na quarta-feira à noite. Os clientes de Londres e Paris estão impacientes para que ele abra uma loja lá!


Winne Harlow e Hailey Baldwin para Tommy Icons - Tommy Hilfiger


FNW: Como se sente por ter superado a Calvin Klein? A marca começou antes, tem um nome forte e, atualmente, conta com um designer que está a gerar muita atenção.
 
TH: Eu só desejo o melhor para Calvin Klein, pois se os negócios forem bons para a Calvin Klein, serão bons para a PVH e isso será bom para todos. Na Hilfiger, temos crescimento e entusiasmo (no último trimestre, as receitas da Tommy Hilfiger aumentaram 15% em relação ao ano anterior, atingindo 1.025 mil milhões de dólares, ou 888,5 milhões de euros. As receitas da Calvin Klein aumentaram 18%, para 925 milhões de dólares, ou 801,8 milhões de euros). A ideia não é olhar para trás, mas seguir em frente, aproveitando cada minuto. Ainda não acredito no sucesso da marca, mesmo depois de todos estes anos, e no que diz respeito ao "see now, buy now"  acredite que foi uma tarefa muito árdua rever todo o processo de fabrico! Um verdadeiro pesadelo logístico. Mas, nós fizemos isso porque estávamos apaixonados pela ideia! Uma energia positiva foi injetada na empresa toda.
 
FNW: Há muita polémica no mundo da moda, mas também no da Fórmula 1. O seu primeiro investidor foi Lawrence Stroll, cujo filho Lance é agora piloto de Fórmula 1. Recentemente, Lewis Hamilton fez críticas a Lance depois que este foi escolhido no lugar de Esteban Ocon, piloto mais experiente, para assumir a liderança da equipa Force India, financiada pelo pai de Lance. Lewis Hamilton até declarou: "Não podemos deixar alguém com mais dinheiro ficar à frente de um piloto melhor. Isso não deveria acontecer". Qual o seu parecer sobre isso?
 
TH: Para dizer a verdade, nunca me envolvo nessas questões políticas. Lewis é obviamente o melhor piloto do mundo, e Lance tem apenas 19 anos. Conquistou o seu lugar na Fórmula 1, e chegou em 10º lugar na semana passada, o que não é mau para um jovem de 19 anos. Desejo-lhe boa sorte.
 
FNW: Lewis Hamilton é um estilista agora?
 
TH: Hum... ainda não. Mas, será. É apaixonado e este é apenas o começo. Já estamos a desenhar a próxima coleção. Com Gigi, a colaboração durou quatro temporadas, e este pode ser o caso de Lewis.
 
FNW: Qual sensação que quer despertar no público chinês que assistir ao desfile?
 
TH: Quero que sintam que realmente precisam de comprar a coleção inteira! Quero que adorem e usem as roupas e esperem ansiosos pela próxima coleção.

FNW: Arrepende de nunca ter desenhado para outra marca? Se alguma grande marca europeia o chamasse, qual gostaria que fosse?

TH: Saint Laurent! Tê-la-ia feito bastante rock and roll, sem dúvida!

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