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Estela Ataíde
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18 de dez. de 2020
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Esprit: CEO e diretor financeiro estão de saída

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Estela Ataíde
Publicado em
18 de dez. de 2020

Nada corre bem na Esprit. O grupo de moda, cujas dificuldades foram agravadas pela crise sanitária, vê sair dois dos seus executivos seniores. O primeiro é Anders Kristiansen, que em junho de 2018 assumiu o cargo de CEO da empresa que tem sede na Alemanha, mas está listada na Bolsa de Valores de Hong Kong.


Anders Kristiansen - DR


Antigo líder da New Look, Anders Kristiansen não foi o único a apresentar a sua demissão ao conselho de administração da empresa a 17 de dezembro: o diretor financeiro Johannes Schmidt-Schultes também irá abandonar as suas funções. A sua saída ocorrerá, o mais tardar, a 28 de fevereiro, "ou em qualquer data anterior solicitada pelo grupo", indicou este último através de um comunicado de imprensa, acrescentando que os dois dirigentes "não têm qualquer desacordo com a direção" e saem "para levarem a cabo outros projetos profissionais".
 
Importa, no entanto, referir que, no passado mês de julho, o novo acionista principal da Esprit, a North Point Talent Ltd, apelou à saída do líder da marca, nomeado há dois anos para a reestruturar em profundidade. O desejo foi-lhe agora concedido, e já foi anunciado que serão identificados candidatos para substituir os dois executivos, "com a intenção de concentrar as funções administrativas mundiais em Hong Kong".

O novo líder da Esprit já não terá, portanto, sede na Alemanha, mercado no qual a empresa pediu, em março, proteção judicial para as suas atividades alemãs (incluindo a sua sede) através de um procedimento de salvaguarda. Em jogo? A eliminação de metade da rede do mercado alemão e a demissão de 1100 pessoas. E as dificuldades da Esprit não se cingem à Europa. Em abril, a direção decidiu também cessar as suas operações na maioria dos seus mercados asiáticos.

O grupo, que a 30 de junho de 2020 empregava 3400 pessoas (equivalente em tempo integral), viu as suas vendas caírem 23,6%, para 9,874 mil milhões de dólares de Hong Kong (1,09 mil milhões de euros) no seu exercício 2019/20, encerrado a 30 de junho. As perdas antes de juros e impostos aumentaram acentuadamente ao longo do ano, de 2,080 para 3,447 mil milhões de dólares de Hong Kong (380 milhões de euros), o que corresponde a um aumento de 65,7%.

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