Esprit conta com novo diretor de vendas por atacado no sul da Europa
A Esprit mudou de diretor de vendas por atacado para o sul da Europa, que inclui França, Itália, Espanha e Portugal. Jesús Gil Caballero, que assumiu o cargo este verão, estava encarregado do desenvolvimento da região ibérica desde 2014. Trata-se, portanto, de uma promoção interna para o executivo, que anteriormente trabalhou na DBApparel, Energizer e Redbull. Caballero sucede a Nicolas Dehelly, que estava no cargo desde 2016.

Por outro lado, Thomas Tang Wing Yung, que trabalha na Esprit desde 2012, deixa as suas funções como diretor financeiro a 21 de outubro, alegando razões pessoais que o impediram de permanecer na Europa. A informação foi divulgada através de um comunicado de imprensa da cadeia de roupa alemã, que está listada na Bolsa de Valores de Hong Kong e que atualmente atravessa um plano de racionalização.
Em nenhum momento houve um desacordo com o conselho de administração, assegurou Thomas Tang Wing Yung no comunicado. Será Johannes Georg Schmidt-Schultes quem retomará as suas funções. O executivo de 53 anos era anteriormente diretor financeiro da BMI, fabricante de materiais de construção com sede em Londres. No passado, o executivo alemão, que tem um doutoramento em finanças, trabalhou para o grupo Apleona no setor imobiliário e para a fabricante austríaca de pneus Semperit. De 2007 a 2011, foi diretor financeiro adjunto da empresa de telecomunicações australiana Telstra. Também trabalhou na T-Mobile no Reino Unido e na Áustria.
A Esprit pagar-lhe-á um salário de 600 mil euros com um prémio de desempenho adicional de até 300 mil euros. O diretor financeiro também receberá dois milhões de opções em ações.
Um défice de 248 milhões de euros em 2018-2019
A marca pronto-a-vestir Esprit enfrenta há vários anos um declínio nas vendas. No entanto, durante o exercício encerrado a 30 de junho os resultados foram melhores que o esperado. O défice foi de 2,14 mil milhões de dólares de Hong Kong (248 milhões de euros), menos 16% do que no ano anterior, mas ainda assim significativo. E, embora o volume de negócios de 12,9 mil milhões de dólares de Hong Kong (1,49 mil milhões de euros) tenha excedido as expectativas dos analistas, não há motivo para festejar.
A questão agora é saber até que ponto os acontecimento que estão a agitar Hong Kong terão impacto nas vendas e lucros do grupo, mesmo que a Esprit atinja apenas 9,5% do seu volume de negócios na Ásia. O mercado alemão, responsável pouco mais de metade das vendas, caiu 12,8%, comparado com uma redução de 14,8% na superfície comercial no mesmo período. Nos demais países europeus, a situação é semelhante: as vendas a retalho caíram 7,6% e as superfícies comerciais 8,8%.
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