Esprit não recupera no primeiro trimestre de 2018/19
Recuperação não é a palavra de ordem na Esprit. Embora continue a reduzir o seu perímetro comercial, o grupo de vestuário com sede em Hong Kong gerou no primeiro trimestre do seu exercício de 2018/19 um volume de negócios de 3,334 mil milhões de dólares de Hong Kong (372 milhões de euros), o que representa uma queda de 16,2% da sua atividade em moeda local.

Este declínio nas vendas é mais pronunciado do que a redução da área total de venda, tendo diminuído 10,6% num ano. Durante o período compreendido entre 1 de julho e 30 de setembro de 2018, todas as zonas nas quais a marca Esprit está presente mostram um declínio na atividade: na Alemanha, mercado no qual a empresa tem uma sede e que representa 50% das suas vendas, estas caíram 16,8%, enquanto o resto da Europa mostra um declínio de 14,5% e a Ásia-Pacífico de 20%.
Focando no tipo de locais, a atividade a retalho da Esprit diminuiu 17,8% no período, com a empresa a apontar para a redução dos espaços de venda, mas também para a queda na frequência e para as temperaturas elevadas que se registaram na Europa no final do verão. No atacado, a queda nas vendas é de 15,5%. Mesmo o volume de negócios e-commerce do grupo se retraiu, na ordem de -14,9%, enquanto ao nível das coleções, o segmento lifestyle e acessórios (-22,8%) foi mais afetado que o feminino (-15,9%) e o masculino (-10,1%).
No último ano, o exercício de 2017/18, a Esprit registou uma queda de 11,1% das suas vendas anuais em moeda local, para 15,455 mil milhões de dólares de Hong Kong (1,68 mil milhões de euros) e acentuou a sua perda drasticamente, para 2,554 mil milhões de dólares de Hong Kong (278 milhões de euros). O início de ano não parece estar sob os melhores auspícios, embora a transformação do grupo sob a presidência de Anders Kristiansen, anteriormente da New Look, deva permitir a sua recuperação. Algo que não acontecerá sem uma redução de recursos humanos.
No momento da publicação destes resultados, a empresa não deu detalhes sobre o plano de supressão de postos de trabalho que implementará em breve na Alemanha, e relativamente ao qual ainda não está claro se será seguido por vagas de racionalização nas outras filiais do grupo.
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