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Estela Ataíde
Publicado em
23 de mai. de 2018
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Estados Unidos: lucro da Urban Outfitters sobe graças a aumento dos gastos dos consumidores

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Reuters
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
23 de mai. de 2018

A retalhista de vestuário Urban Outfitters divulgou na terça-feira lucros e vendas do primeiro trimestre superiores às estimativas dos analistas, graças a gastos consideráveis nas suas lojas e apesar de uma temporada de inverno mais longa que o habitual.

Todas as marcas controladas pelaUrban Outfitters, incluindo a Anthropologie e a Free People, ultrapassaram as estimativas dos analistas em termos de crescimento nasvendas comparáveis - Urban Outfitters


Reduções fiscais, bónus e reembolsos consideráveis de impostos têm sido uma surpresa para os consumidores, que responderam aumentando as suas despesas com vestuário. De acordo com os dados de vendas a retalho do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, as lojas de vestuário registaram o maior salto nas vendas desde março do ano passado. As famílias também aumentaram os seus gastos com mobiliário e materiais de construção.
 
No entanto, retalhistas como a J.C. Penney Co Inc. e a cadeia de decoração de interiores Home Depot não beneficiaram verdadeiramente desses gastos, culpando o excecionalmente longo inverno pelo fraco crescimento das vendas durante o período de fevereiro a abril.

A J.C. Penney anunciou também que o seu CEO deixaria a sua posição para se juntar à cadeia de decoração de interiores Lowe’s.

Todas as marcas controladas pela Urban Outfitters, incluindo a Anthropologie e a Free People, ultrapassaram as estimativas dos analistas em termos de crescimento nas vendas comparáveis no trimestre encerrado a 30 de abril.

"Tivemos uma forte demanda por moda ao logo de todo o trimestre, apesar de uma primavera extremamente fria, e em maio esta procura acentuou-se", disse Hillary Super, recentemente nomeada copresidente da Anthropologie.

As vendas em lojas abertas há pelo menos um ano cresceram 10% no primeiro trimestre, superando as expectativas dos analistas, que apostavam num aumento de 8,8%, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.

A Urban Outfitters, que concorre com marcas de fast-fashion como H&M e Zara, da Inditex, explicou que as suas vendas e margens foram impulsionadas pela diminuição dos descontos e pelo aumento de investimento no seu site. As margens brutas aumentaram de 31,5%, um ano antes, para 32,8%.

A empresa americana espera que, no segundo trimestre, o crescimento das vendas comparáveis seja "bastante consistente" com o do primeiro trimestre.

Excluindo itens excecionais, a empresa ganhou 38 cêntimos por ação. As vendas líquidas aumentaram 12,4% para 855,7 milhões de dólares (729,8 milhões de euros).

No semestre encerrado a 30 de abril, o lucro líquido subiu para 41,3 milhões de dólares (35,2 milhões de euros), ou 38 cêntimos por ação, contra 11,9 milhões de dólares (10,1 milhões de euros), ou 1 cêntimo por ação, um ano antes.

Em média, os analistas esperavam que a empresa ganhasse 31 cêntimos por ação, com receitas de 838,1 milhões de dólares (741,8 milhões de euros).

No entanto, as ações da empresa caíram cerca de 1,5% e foram negociadas a 40,60 dólares (34,63 euros) no mercado secundário.

"As notícias relativas à J.C. Penney afetaram toda a gente hoje", disse Bob Phibbs, CEO da empresa de consultoria Retail Doctor.

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