Estudo diz que investimento directo das marcas em publicidade com influencers regista um crescimento de 66% em Portugal

Por

Helena OSORIO

Publicado em
9 de mar. de 2023

Em Portugal, o nível de investimento direto em publicidade com influencers registou um crescimento de 66%, alcançando a barreira dos 20 milhões de euros em 2022 em apenas um ano. Um crescimento acima da média de Espanha (22,8%) e dos EUA (27,8%), contando que em 2021 os números se situavam nos 12 milhões de euros. Segundo as previsões, em 2023, Portugal atingirá os 25 milhões. 

Voltando a 2022, duas em cada três campanhas com influencers (68%) não obtiveram um ROI positivo em Portugal. Esta é uma das conclusões do primeiro estudo quantitativo do panorama do Influencer Marketing em Portugal, elaborado pela Human To Human (H2H) e Primetag, que diz ser necessário profissionalizar a disciplina e o sector para as marcas alcançarem um ROI positivo nas suas campanhas. Isto porque as empresas não conseguem otimizar todo o valor investido nas campanhas com influencers. 

Ainda segundo o estudo são cinco as principais razões que explicam: demografia, fraude e qualidade, saturação publicitária, fee com base nos seguidores e duplicidade de seguidores.

Primeiro há que assegurar a audiência dos influencers que interessa à marca. Por outro lado, no estudo da H2H e da Primetag consta que os micro influencers em Portugal têm em média 40% de seguidores falsos. 

O forte crescimento do investimento em Influencer Marketing ocasionou um maior número de publicações comerciais, chegando a superar, em alguns perfis, o limite de saturação (30%) – o que resulta num dos principais problemas do sector na atualidade por as marcas deixarem de ter o retorno. 

É também errado pagar ao influencer pelos seus seguidores e não pelos impactos conseguidos, com vista a maximizar o resultado das campanhas de Influencer Marketing. Importa às marcas pagar pelo alcance real e não pelo potencial, sendo a chave o reach rate.

Ainda segundo o estudo, as agências de influencers dispõem de vários influencers, sendo 80% dos seguidores comuns. Assim sendo, na escolha de influencers para uma dada campanha há que procurar aqueles que tenham seguidores diferentes. Por fim, conclui-se ser essencial para o crescimento do Influencer Marketing em Portugal a profissionalização do sector.