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Helena OSORIO
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30 de mar. de 2020
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Estudo: O que os consumidores esperam das marcas, durante a crise?!

Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
30 de mar. de 2020

Adaptando os tópicos de pesquisa face à pandemia de COVID-19 que tem vindo a abalar as pessoas e a economia global há vários meses, a Kantar (fundada em 1993 como a Divisão de Pesquisa de Mercado, Insights e Consultoria da WPP, empresa londrina de capital aberto), realizou uma pesquisa com um painel de mais de 25.000 consumidores em todo o mundo (30 países) para conhecer o estado de espírito e as expectativas que estes depositam atualmente nas marcas. Com o objectivo de ajudar os gerentes a tomarem decisões, em sintonia com os clientes.


Kantar lança conclusões de um primeiro estudo para ajudar as marcas a aproximarem-se do espírito dos consumidores, face à crise - Kantar


Durante esta crise, e analisando o testemunho de 78% dos entrevistados, a primeira lição aprendida é que os consumidores querem, acima de tudo, que as marcas cuidem da saúde dos funcionários.

Já 62% dos entrevistados acredita que as marcas devem implementar uma política de trabalho flexível para os funcionários, enquanto 41% dos entrevistados espera que as marcas se envolvam com hospitais ou apoiem o governo (35%).

Em contrapartida, há poucas expectativas do consumidor para que as marcas deixem de fazer publicidade durante este período, com apenas 8% identificando a opção como prioritária. Enquanto algumas marcas estão a considerar parar toda a comunicação para reduzir custos, a Kantar estima que "uma ausência na televisão levará a uma redução de 39%, na consciência de comunicação da marca, potencialmente, atrasando a recuperação da marca no mundo pós-pandémico".

Saber como comunicar, neste momento, é ainda um desafio para as empresas. A maioria dos entrevistados da Kantar gostaria de demonstrar uma contribuição positiva à sociedade: "Falar sobre como as marcas são úteis na nova vida quotidiana" (77%), "informar sobre os esforços para enfrentar a crise" (75%), e "oferecer um tom tranquilizador" (70%).

E quais as armadilhas a serem evitadas? Segundo 75% dos consumidores, deve explorar-se a situação do coronavírus para promover as marcas; 40% defende que se deve recorrer a um tom humorístico.


Impacto estimado - Kantar


Whatsapp é um sucesso

Os hábitos da impresa aos entrevistados também mudaram significativamente, desde o início da crise de saúde. Kantar diz que, desde a contenção decretada em muitos países, a navegação na web aumentou 70%, a audiência na TV 63% e o envolvimento nas redes sociais 61% em comparação com as taxas habituais.

A WhatsApp é a rede social que mais beneficiou de um aumento de 40% na utilização global e de um aumento de 51% nas últimas semanas. O uso do Facebook aumentou em 37%.

A Kantar prevê também uma crise de confiança na imprensa. "Os canais tradicionais de notícias nacionais (rádio, TV e jornais) estão a suscitar confiança a 52% das pessoas. Os sites das agências governamentais são considerados credíveis por apenas 48% dos entrevistados, sugerindo que as medidas governamentais não oferecem garantia e segurança para os cidadãos de todo o mundo. Reflectindo sobre a perda de confiança devido aos ciclos eleitorais recentes, as plataformas de comunicação social são consideradas uma fonte de informação confiável por apenas 11% das pessoas".
 
Finalmente, em termos de consumo, a Kantar apresentou uma tabela que mostra que muitos residentes do grupo de países mais industrializados do mundo (G7) dizem que o coronavírus COVID-19 "tem ou terá" um impacto no orçamento familiar (82% de italianos, 65% franceses). E, portanto, influenciando a sua capacidade de gastar, uma vez terminada a crise.

Atualmente, fazem parte do grupo Kantar 12 empresas, com mais de 30 mil funcionários presentes em 100 países.
 

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