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Stylo Urbano
Publicado em
28 de out. de 2016
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Etiópia inaugura o maior parque industrial de moda na África

Por
Stylo Urbano
Publicado em
28 de out. de 2016

Na atualidade, a moda está muito mais cosmopolita e geograficamente diversificada do que era há uma geração graças às diversas semanas de moda que decorrem na Ásia, Médio Oriente, Europa Oriental e América Latina.
 
No entanto, há uma região que ainda permanece à margem do negócio global da moda: a África. Cheia de cultura, criatividade, talento, ambição e recursos, mas atormentada por uma infraestrutura precária, pobreza, corrupção, protecionismo, burocracia e instabilidade política, a África é tudo menos simples.

O parque industrial 'Hawassa' na Etiópia

 
Mas felizmente várias iniciativas surgem no continente para colocar a região no mapa da moda mundial. A África tem o potencial de atrair uma parte muito maior da fabricação de tecidos, vestuário e acessórios, mas, para conseguir isso, é necessário grande investimento internacional a fim de construir a infraestrutura industrial necessária para competir com os países asiáticos.
 
No entanto, fábricas de roupas e calçados já surgem na Etiópia, Quénia, Costa do Marfim, Ilhas Maurício, Gana, África do Sul e outros países africanos que querem criar produtos competitivos e gerar empregos.

Sendo a segunda nação mais populosa da África, a Etiópia possui uma força de trabalho jovem, abundante e relativamente bem-educada entre os seus 100 milhões de habitantes. O país possui um dos mais altos níveis de investimento estrangeiro na África graças, em parte, a competitivos custos trabalhistas bem menores do que os chineses. Quem está mais interessado em fabricar moda na África são justamente empresas chinesas por causa dos aumentos dos custos chineses.


Quem ganha com isso são os africanos, pois os chineses acabam por ajudar a construir a infraestrutura necessária. Inaugurado a 13 de junho de 2016 pelo primeiro-ministro Hailemariam Dessalegn e construído por uma empreiteira chinesa, o parque industrial 'Hawassa' conta com 1,3 milhão de metros quadrados e vai abrigar 21 fabricantes de roupas, tecidos, bolsas e sapatos, levando a uma duplicação do número de postos de trabalho para os etíopes no setor. O espaço ajudará o país a gerar 1.000 milhões de dólares de receitas em exportação, 10 vezes mais do que os volumes atuais.

A fabricação têxtil da África está a tirar proveito da renovação do AGOA até 2015 feita pelo governo americano, que prevê exportações isentas de impostos para o mercado americano.
 
O parque industrial Hawassa, quando estiver em pleno funcionamento, vai gerar 60.000 postos num único local, mais do que os 53.000 empregos que toda a indústria têxtil da Etiópia tem hoje. Construído pela China Civil Engineering Construction Corporation por 250 milhões de dólares, investidos pelo governo etíope, o parque se situa a 275 quilómetros da capital, Addis Ababa.
 
O Hawassa conta com enormes galpões para atender os fabricantes internacionais, mas ainda galpões menores para empresas de moda etíopes e de outros países africanos. Empresas de moda como a PVH Corp. (dona das marcas Calvin Klein e Tommy Hilfiger), a gingante do fast-fashion sueca H&M, e a Wuxi Jinmao Foreign Trade Company, da China, estão entre as 15 empresas estrangeiras que alugaram galpões no parque, junto com outras provenientes da Índia, Sri Lanka e China, além de seis empresas etíopes.
 
O governo tem anunciado o Hawassa como um parque industrial 'sustentável', pois, além de contar com novas tecnologias e segurança, ele vai ser alimentado pela abundante e barata energia hidrelétrica do país, empregando tecnologias de conservação de energia e água.

 
A Etiópia passa hoje por uma expansão industrial vista em décadas anteriores na Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura, Hong Kong e China. O país está no centro das atenções das empresas globais por ter um custo mais baixo do que aquele dos seus principais concorrentes, como China, Vietname e Indonésia.
 
Como os salários dos trabalhadores têxteis e o custo de energia sobem na China, além das inúmeras denúncias de exploração de trabalho escravo em países asiáticos, muitas marcas ocidentais começaram a buscar centros de abastecimento alternativos, e a África é vista por alguns como a próxima fronteira. A Etiópia oferece, assim, uma grande oferta de energia barata e os salários no setor têxtil do país estão entre os mais baixos do mundo, menos de 60 dólares por mês.
 
O país tem potencial para se tornar uma fonte de matérias-primas: mais de 3,2 milhões de hectares de terra com um clima adequado para o cultivo de algodão e outras fibras naturais. No entanto, apenas 7% da terra estão a ser usados para cultivo.
 
Para se diferenciar dos problemas ambientais causado pela fabricação de moda na Ásia, com suas fábricas altamente poluentes, o governo da Etiópia quer que o país fique conhecido pela produção de vestuário, têxtil, couro e calçados com as mais recentes tecnologias sustentáveis de fabricação e tratamento de resíduos têxteis.

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