European Fashion Alliance estabelece quatro objetivos para o período 2023-2027
Lançada a 22 de junho para reunir 29 federações profissionais europeias da moda e do luxo*, a European Fashion Alliance (EFA) realizou a sua primeira cimeira em outubro passado. A organização apresenta agora os quatro eixos definidos para apoiar a transição sustentável do setor.

Nascida no âmbito do "Green Deal" promovido por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, a EFA reúne nomeadamente a Fédération de la Haute-Couture de la Mode, a Camera Nazionale Della Moda Italiana, o British Fashion Council, a Associação ModaLisboa, a associação de designers espanhóis, as associações de moda alemãs e austríaca ou ainda a Global Fashion Agenda. A missão do órgão é "promover um ecossistema de moda europeu próspero, sustentável e inclusivo". Faltava especificar a abordagem, o que agora já está feito.
Até 2027, os membros da EFA estabeleceram como missão definir um código de conduta ético, social e sustentável para os seus membros "e, por extensão, para a indústria da moda" como um todo. A organização pretende ainda criar um “green deal para a moda” a nível europeu, baseado numa abordagem circular e social da moda, nomeadamente através da troca de dados entre os players europeus da área.
Os objetivos incluem também a criação e implementação de formação tecnológica e sustentável para os principais membros da EFA, bem como práticas de responsabilidade social e ambiental para as partes interessadas. Um último ponto pretende tornar estas abordagens sustentáveis, com foco na Geração Z e seguintes, sensibilizando-as por meio da transição digital, circular e social da indústria da moda.
Uma pesquisa lançada em 2023
Caroline Rush, CEO do British Fashion Council, explica: "Com valores e linguagem comuns, bem como um entendimento comum das ferramentas de medição, é importante para os nossos designers que, quando forem para França, Itália, Alemanha, Dinamarca ou outro lugar, tenham uma boa compreensão comum daquilo que se espera em termos de sustentabilidade."

Pascal Morand, presidente da Fédération de la Haute-Couture et de la Mode, sublinha por seu lado, que a moda não é apenas um mercado, “é também uma questão de cultura”: “Estamos numa economia de mercado; também é necessário que aqueles que não estão no mercado compreendam que a moda criativa pode desempenhar um papel de motor sustentável a nível global."
Em 2023, será lançado um inquérito à escala europeia com o objetivo de identificar as necessidades e desafios das empresas do setor, das micro empresas aos grandes grupos, bem como estabelecer contacto com as entidades de formação e investigação do setor. A EFA prevê dois a três anos para estabelecer um plano de ação concreto, em particular para os envolvidos na criação e design.
*Asociación Creadores De Moda de España (Espanha), Austrian Fashion Association (Áustria), Baltic Fashion Federation (Letónia), Bulgarian Fashion Association (Bulgária), Camera Nazionale Della Moda Italiana (Itália), Copenhagen Fashion Week (Dinamarca), Council for Irish Fashion Designers (Irlanda), Estonian Academy of Arts (Estónia), Fashion Council Germany (Alemanha), Fédération de la Haute Couture et de la Mode (França), Fédération Française du Prêt-à-Porter Féminin (França), Flanders District of Creativity ( Bélgica) Icelandic Fashion Council (Islândia), Global Fashion Agenda, Gran Canaria Moda Cálida (Espanha), MODA-FAD (Espanha), Modesuisse (Suíça), ModaLisboa (Portugal), Norwegian Fashion Hub (Noruega), Slovak Fashion Council ( Eslováquia), Swedish Fashion Counci (Suécia), Finnish Textile & Fashion (Finlândia), Taskforce Fashion (Países Baixos), The Prince's Foundation (Reino Unido), Wallonie-Bruxelles Design Mode (Bélgica)
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