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14 de mar. de 2013
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Exportações de calçados caem em fevereiro

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14 de mar. de 2013

Mais um mês de queda nos embarques. O dado nada animador foi divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e elaborado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). De acordo com o levantamento, em fevereiro as exportações caíram 1% em dólares (de US$ 100,3 milhões para US$ 99,3 milhões) e 9,3% em pares (de 11,8 milhões para 10,7 milhões) no comparativo com o mesmo mês do ano passado.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano a queda ficou em 0,9% (de US$ 200,2 milhões para US$ 198,4 milhões), porém foi registrado um aumento de 2,3% no número de pares embarcados (de 23 milhões para 23,5 milhões). O valor médio do par embarcado caiu 10,6% no período (de US$ 8,70 para US$ 8,44).

DESTINOS - Conforme os dados, os Estados Unidos reassumiram o posto de principal destino do calçado nacional. No bimestre foram exportados para lá 2,5 milhões de pares, que geraram US$ 32,5 milhões. No comparativo com os primeiros meses de 2012, as quedas ficaram em -10% em dólares e -16,2% em volume. No ano passado, no período correspondente, foram embarcados para lá 3 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 36,1 milhões.



A Argentina, que recentemente determinou o fim da necessidade de licenças não automáticas para importação de calçados, registrou um incremento de 57,8% em dólares (passando de US$ 10,3 milhões para US$ 16,26 milhões) e 43,6% (de 455 mil para 653 mil) em volume em suas compras de calçados brasileiros no período.

O terceiro principal destino no bimestre foi a França, com incremento de 2% em receita (de US$ 15,8 milhões para US$ 16,18 milhões) e queda de 3,4% no número de pares (2,36 milhões para 2,28 milhões). A Rússia apareceu no quarto posto, com US$ 16 milhões em importações de calçados brasileiros (incremento de 35,7%). Para lá foram embarcados 727,3 mil pares no período.

A surpresa dos dois primeiros meses foi os Emirados Árabes, importando 158,8 mil pares de calçados verde-amarelos que geraram US$ 2,68 milhões, incrementos de 21,4% e 81,3% respectivamente. Os EAU é considerado mercado-alvo do programa de apoio às exportações Brazilian Footwear, mantido pela Abicalçados em conjunto com a Apex-Brasil.



IMPORTAÇÕES - Repetindo o movimento dos últimos anos, as importações cresceram nos dois primeiros meses. O incremento foi de 8,6% em dólares e de 5,5% em pares. No bimestre, entrou no Brasil o equivalente a US$ 92,15 milhões (contra US$ 84,8 milhões no ano passado) provenientes de 6,5 milhões de pares (contra 6,2 milhões de 2012).

As origens seguem sendo Vietnã (US$ 49,3 milhões em exportações para o Brasil, incremento de +8,8%), Indonésia (US$ 14,9 milhões, queda de -28,8%), China (US$ 10,3 milhões, queda de -9,1%), e Itália (US$ 3,5 milhões, aumento de +114%). Além do aumento expressivo das importações da Itália, no período, chamam atenção as importações de calçados do Camboja, que cresceram 1.470% (de US$ 206,9 mil para US$ 3,25 milhões), e de Taiwan, que cresceram 86.550% (de US$ 1,2 mil para 1,03 milhão).

Já a importação de cabedal cresceu 15,2% em valores, alcançando US$ 12,36 milhões no período (2,44 milhões de peças). As principais origens foram China (US$ 4,88 milhões, aumento de +17,2%), Paraguai (US$ 3,6 milhões, queda de -23,2%) e Índia (US$ 1,9 milhão, incremento de +4.900%).

AVALIAÇÃO - O diretor executivo da Abicalçados, Heitor Klein, avalia que os dados refletem ainda o comportamento do mercado na segunda temporada de 2012, isto é, com performance negativa. “Esperamos que a partir de março e abril, quando iniciam os embarques que correspondem à temporada de outono-inverno de 2013 no hemisfério norte, possamos ter alguma recuperação”, comenta o executivo.

Para Klein, no que tange às importações, não há expectativa de reversão do crescimento, pelo menos no curto prazo. “Continuamos com o esforço de insistir junto às autoridades pelo aperfeiçoamento dos mecanismos de defesa comercial que permitam conclusões mais efetivas nas investigações de práticas desleais”, conclui.

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