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26 de jul. de 2022
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FORteams Lab: empresa têxtil de Vizela procura novos segmentos de mercado e quer ser "carbon free" em 2030

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26 de jul. de 2022

A FORteams Lab de Caldas de Vizela acaba de anunciar que quer chegar a novos segmentos de mercado e ser 'carbon free' em 2030. "A moda e o desporto caminham de mãos dadas desde sempre. Devido à verticalidade característica do ADN FORteams, somos capazes de criar uma coleção para equipas desportivas ou para marcas de moda", pode ler-se no site da empresa. 


AFORteams Lab de Vizela procura novos segmentos de mercado e quer ser "carbon free" em 2030 - FORteams LAB / Facebook


"O merchandising representa, há muito anos, o core business da FORteams. É lá que mora a nossa identidade, nos cachecóis e gorros que nos tornaram mundialmente conhecidos e que nos abriram portas para, ao longo dos anos, estarmos presentes nas maiores competições desportivas", também se pode ler no site da empresa", explica a empresa de garagem, que arrancou com três funcionários na produção de etiquetas e acabou por se transformar numa PME de referência europeia no merchandising desportivo, tendo sido agraciada este mês como grande vencedora da 4.ª edição dos Prémios Heróis PME - Categoria Geral.

Porém, a FORteams Lab não se contenta em abastecer os adeptos de grandes clubes e seleções europeias – como Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique, Liverpool, Manchester United, Porto, Sporting e Benfica (no último caso, é produtora e distribuidora do merchandising do clube) – revelando agora novos projetos, nomeadamente na área do vestuário e sustentabilidade.

A FORteams Lab teve necessidade de se reinventar aquando da pandemia, passando a produzir máscaras sociais, o que a obrigou a adquirir máquinas de costura. O ano de 2020 acabou por ser "o melhor de sempre", com sete milhões de euros de faturação, 2,4 milhões acima do ano anterior. Em 2021, com o fim das máscaras, a faturação regressou aos 4,4 milhões, sendo agora o objetivo da empresa fechar 2022 com cinco milhões, e chegar aos sete milhões em 2024, com o vestuário, que hoje vale 30% das vendas, a ocupar 70%.

"É um plano ambicioso, mas estou convencido que o loungewear é a área que mais vai crescer. Nunca me imaginava a fazer um fato de banho de senhora, mas dançamos o tango que nos puserem a tocar", declara o CEO Pedro Santos ao Dinheiro Vivo, suplemento de Economia de referência do Jornal de Notícias e do Diário de Notícias, também na Internet.

"Em termos de equipamentos desportivos, a empresa tem-se focado nos clubes pequenos, com grande aposta na formação, o que permite o efeito multiplicador de servir os vários escalões", diz, acrescentando: "Os grandes clubes são equipados por marcas como a Adidas, Nike, Puma ou Kapa, e nós não estamos nem queremos estar nesse negócio. Iríamos ficar dependentes dele e os preços praticados são muito muito baixos", garante.
 
Em termos de sustentabilidade, prevê-se a criação de um departamento na área para assegurar a médio prazo a reciclagem dos resíduos da empresa, que atualmente subcontrata fora a sua transformação em novos fios, para reentrarem na cadeia produtiva. 

"Queremos ser uma empresa totalmente circular. Temos cerca de 400 quilos de desperdício que geramos diariamente nas nossas atividades de tricotagem, tecelagem e bordados, e que queremos reaproveitar no processo produtivo", diz ainda Pedro santos ao Dinheiro Vivo.

O objetivo final é que a FORteams atinja a neutralidade carbónica em 2030, para se tornar "carbon free": "Estamos já a medir a nossa pegada ambiental para criarmos metas anuais a cumprir", conclui.
 

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