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Estela Ataíde
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4 de abr. de 2023
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Face dos 16 documentos europeus que visam reformar setor têxtil, Euratex alerta para os "desafios"

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
4 de abr. de 2023

Há um ano, a Comissão Europeia apresentou a estratégia da UE para os têxteis sustentáveis  e circulares (EU Strategy for Sustainable and Circular Textiles), um roteiro que estabelece a instauração de regras que conduzam gradualmente o setor para uma economia mais respeitadora do ambiente. A fileira têxtil europeia lança agora uma advertência aos políticos europeus. Mantendo-se “cautelosamente entusiasmados” com a concretização do processo, os representantes do setor apontam quatro pontos problemáticos à luz do que o Velho Continente conhece há um ano.


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Perante o projeto de regras europeias (cujo texto está acessível aqui), a confederação Euratex enumera assim quatro “buracos” a evitar no caminho. A começar pela coerência das regras entre os 16 textos atualmente sobre a mesa. Textos que o setor exige que sejam tecnicamente aplicáveis para um custo mínimo para a PMEs, para quem as futuras regras representarão novas despesas e trabalho adicional.
 
“Pedimos um calendário realista e um 'teste de competitividade' para cada texto legislativo antes da sua aprovação”, indica a confederação.

A fileira destaca também que, face às diversas mudanças anunciadas, a informação e o apoio às empresas serão um passo incontornável. E reclama apoio específico para o setor por parte da União Europeia, em particular com a demanda renovada por energia acessível: a Euratex apela à UE que traduza as suas “boas intenções” em ação neste ponto.
 
Para estimular e proteger a fileira local, o têxtil-vestuário sustentável e de qualidade também deve beneficiar de vantagens competitivas, estima a Euratex, que propõe, por exemplo, uma taxa de IVA diferente, regras rígidas para compras públicas e uma cooperação mais estreita entre fabricantes, marcas e consumidores.

A distorção da concorrência não é esquecida. O apelo da confederação exige que os produtos importados cumpram o quadro legal aplicado às produções europeias. “A vigilância do mercado precisa de ser fortalecida massivamente – visando também as vendas online –, mas isso exigiria esforços consideráveis por parte dos Estados-membros, que não estão disponíveis neste momento”, lamenta a Euratex.
 
Com 154 mil empresas, a indústria têxtil europeia emprega 1,47 milhões de pessoas. O setor gera cerca de 53 mil milhões de euros em exportações todos os anos.

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