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Estela Ataíde
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13 de nov. de 2019
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Ferragamo recua no terceiro trimestre

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AFP
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
13 de nov. de 2019

A casa de luxo italiana Salvatore Ferragamo registou um lucro líquido de 65 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, quase estável (-0,5%) em termos homólogos, mas viu as suas vendas caíram no terceiro trimestre, afetadas principalmente pela situação em Hong Kong.


Salvatore Ferragamo


Em nove meses, o volume de negócios consolidado aumentou 2,3%, para 994 milhões de euros, indicou na terça-feira o grupo em comunicado.
 
No terceiro trimestre, no entanto, diminuiu 2,9%, marcando assim uma paragem em relação à recuperação iniciada desde o início do ano.

A Ásia-Pacífico confirma ser o primeiro mercado do grupo, com 37,5% das suas vendas. Estas aumentaram 2,7% em nove meses, com a China a registar um crescimento das vendas de 16,3%. O desempenho asiático foi, no entanto, afetado pela difícil situação política em Hong Kong, onde as vendas a retalho caíram 45%.
 
Por seu lado, o volume de negócios aumentou 3,9% na Europa, mas diminuiu 1,3% na América do Norte, sendo esta última zona penalizada pelas vendas no atacado.
 
O excedente bruto de exploração (EBITDA) caiu 1,5%, para 147 milhões de euros em nove meses.

O grupo não se mostrou muito otimista para o final do ano. "Num contexto macroeconómico e de mercado caracterizado por uma complexidade permanente", a Salvatore Ferragamo "prevê que a desaceleração das receitas e margens operacionais registadas no terceiro trimestre continue na última parte do ano", indicou.
 
Durante uma conferência com os analistas, a sua diretora-geral Micaela Le Divelec sublinhou que se esperava que o mercado do luxo aumentasse 6% em 2019, impulsionado pela China. Mas, verificou-se um impacto dos movimentos de protesto e da violência em Hong Kong. Segundo a responsável, a curto prazo, o mercado de Hong Kong - que responde por 6% das vendas médias do setor - registará um declínio acentuado, antes de estabilizar a médio prazo "em cerca de metade do que era antes dos protestos".

A Ferragamo, que sofria de um problema de posicionamento da sua marca, viu o seu volume de negócios cair 3,4% em 2018 e o seu lucro líquido 21,1%, após um ano de 2017 já difícil.
 
Para corrigir a situação, a casa florentina lançou uma vasta reorganização e procurou fortalecer-se nas categorias de produto onde era mais fraca, enquanto consolidava a sua posição no calçado.
 
Em nove meses, em matéria de produtos, a Ferragamo viu as suas vendas de calçado aumentarem 3,4% e as das suas carteiras e acessórios de couro 4,4%. Os perfumes, por outro lado, caíram 11%.

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