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Portugal Textil
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7 de nov. de 2019
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Flor da Moda aponta às millennials

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Portugal Textil
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7 de nov. de 2019

A nova marca da Flor da Moda quer chegar a um público mais jovem do que a irmã mais velha Ana Sousa. Com preços mais acessíveis e um look mais streetwear, a Temperatura chegou às lojas não só em Portugal mas também em diferentes mercados internacionais.


José Sousa


Inovadora, mais jovem e mais ousada são alguns dos predicados da nova insígnia que a Flor da Moda está a colocar no mercado. Direcionada para mulheres entre os 20 e os 35 anos, a Temperatura assume a mesma qualidade de confeção e dos materiais da Ana Sousa mas com «um estilo completamente diferente», sublinha José Sousa, administrador da Flor da Moda. «A Ana Sousa é uma marca bem conhecida por toda a gente, mas às vezes há clientes que dizem que a Ana Sousa é muito clássica», explica ao Portugal Têxtil. «O nosso objetivo é captar gente nova para a Temperatura e, à medida que forem crescendo, podem passar da Temperatura para a Ana Sousa. Agora temos uma oferta a englobar clientes numa faixa etária maior», acrescenta.

A Ana Sousa tinha já, através das etiquetas Ana Sousa Be Young e Ana Sousa Be Woman, tentado fazer essa diferenciação, «mas simplesmente a cliente não distinguia». Com as duas marcas «há uma distinção clara, que queremos que a cliente entenda», indica o administrador.

As duas marcas vão andar lado a lado nas lojas próprias, que estão a ser remodeladas. «Há um corner, dentro das lojas, com a Temperatura. Logo à partida há uma imagem de cabide diferente e terá painéis para que o cliente entenda o que está a ver», revela. Nas lojas maiores, com duas montras, cada uma será dedicada a diferente insígnia.

Além de Portugal, a Temperatura está também a ser lançada internacionalmente, «no mercado francês, no espanhol e em todos os mercados», aponta.

Objetivo é crescer

Apesar do design ser liderado por pessoas diferentes, a produção obedece aos mesmos padrões, garante José Sousa. «A produção é feita dentro da Flor da Moda e nas empresas que trabalham connosco, algumas há 25 ou 30 anos», afirma. «Uma das partes mais importantes para a Flor da Moda com estas duas marcas é que a qualidade é igual. Tecnicamente, em termos dos tecidos, da confeção, do controlo de qualidade, é tudo feito dentro das mesmas normas», assegura.

As marcas próprias representam, atualmente, cerca de 60% da produção da Flor da Moda, que no private label trabalha essencialmente para clientes de gama média-alta, em mercados como França, Inglaterra, Espanha, Dinamarca e, cada vez mais, Itália, onde tem clientes como a Just Cavalli. «O mercado italiano está a crescer», reconhece.

Um desenvolvimento que José Sousa espera que se generalize a todas as áreas, até porque «o objetivo é sempre o crescimento». Em 2019, a Flor da Moda está a registar «pouco crescimento, mas está dentro das expectativas», adianta o administrador da empresa, que acredita que a Temperatura pode trazer boas notícias. «Com a afirmação desta marca nova penso que podemos ganhar muito. Vamos à procura de uma clientela que não temos, uma clientela mais nova. A Temperatura é a pensar no futuro», conclui.

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