Fosun: proprietário da Lanvin pode vender o Club Med

Uma verdadeira parede, que a direcção do Fosun não sabe como contornar ou mesmo trepar. O bilionário conglomerado chinês do multimilionário Guo Guangchang está a considerar todas as opções para reduzir a dívida contraída nos últimos anos. Em setembro, o grupo chinês entrou em colapso na bolsa de valores, particularmente porque, de acordo com várias fontes, incluindo a Bloomberg, tem de reembolsar cerca de 8 mil milhões de dólares (7,75 milhões de euros) em obrigações de curto prazo. Desde há várias semanas, o grupo vende ativos em vários sectores, nomeadamente no final de outubro a sua participação de 60% no grupo siderúrgico Nanjing Iron & Steel Company pelo equivalente a 2,26 mil milhões de euros.

Porém, o grupo continua a enfrentar a pressão da sua dívida e está a considerar a venda de outros ativos. Se o Lanvin Group – líder mundial da moda de luxo com sede na China, que gere marcas icónicas como a Lanvin, Sergio Rossi, ou Wolford – não parece ser citado de momento nas empresas a serem vendidas, a Fosun International exploraria a venda do grupo Club Med que tinha comprado em meados de 2015 por 939 milhões de euros. A venda poderia trazer-lhe cerca de 1,5 mil milhões de dólares (1,45 mil milhões de euros), explica a Bloomberg na segunda-feira (14 de novembro).

Neste complexo contexto global, o Lanvin Group registou um aumento da sua atividade desde o início de 2022. Resta saber se será capaz de levar por diante o seu projeto de IPO, enquanto a sua empresa-mãe ainda se encontra largamente agredida.

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