Jornal T
2 de mar. de 2022
Francisco Batista passa a chairman do grupo têxtil CBI
Jornal T
2 de mar. de 2022
Com fábricas em Mangualde, Arganil e Cabo Verde, o grupo têxtil CBI assume a partir de abril um novo modelo de gestão, passando o CEO Francisco Batista a assumir a posição de chairman com a criação do novo cargo de secretário-geral, que vai ser ocupado pelo antigo secretário de Estado da Administração Local, Paulo Júlio. O objetivo é consolidar uma estratégia de crescimento assente na sustentabilidade económica, ambiental e social.

Atualmente com cerca de 700 colaboradores, e dedicado à confeção de calças e casacos de gama média/alta, o grupo impulsionado por Francisco Batista conta com uma carteira de clientes com marcas como a Massimo Dutti, Polo Ralph Lauren, Calvin Klein ou Sacoor, e exporta acima dos 95%, sobretudo para os mercados da Europa e EUA.
A estratégia para o crescimento futuro passa pela consolidação económica, tendo por base a melhoria de processos com a transição digital e sistemas de informação e consequentes ganhos de valor acrescentado na produção. Para isso, o empresário que avançar com um aposta decisiva nos vetores de sustentabilidade ambiental e social.
O recurso crescente a materiais recicláveis e a procura da sustentabilidade energética são os vetores de uma ação que passa também pela adoção de uma cultura organizacional onde as pessoas são o centro da ação, como forma de estabilizar e desenvolver os recursos humanos das fábricas do grupo.
“Dá-me gozo pegar em fábricas e transformá-las em PME líder” confidenciava há cerca de dois anos ao T Francisco Batista, um contabilista de formação que em 1990 se juntou ao alfaiate António Correia para lançarem a ACORfato, que começou numa garagem a fazer fatos académicos, capas e batinas. Sete anos depois nascia em Mangualde a CBI – Correia e Batista Indústria, a partir da aquisição de uma pequena confeção.
Uma década depois, ACORfato e CBI seguem por caminhos diferentes. Francisco Batista avança com a modernização e crescimento da CBI, que passa designar-se Confeções Beira Interior e uma década depois já faturava acima dos 30 milhões de euros. É nessa altura (2017) que toma conta – em processo de falência – da Amma 1981, em Arganil, que transforma numa moderna unidade de alfaiataria industrial por medida. O grupo CBI integra ainda AfroPants, em S. Vicente (Cabo Verde), que além de fabricar 1.500 calças/dia passou a produzir também casacos de senhora.
Licenciado em Engenharia Eletrotécnica, Paulo Júlio foi presidente da Câmara de Penela antes de assumir o cargo de secretário de Estado no governo presidido por Passos Coelho. Era o CEO de uma indústria alimentar de ultracongelados desde 2013, de onde sai para se juntar a Francisco Batista no grupo têxtil CBI.
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