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Estela Ataíde
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15 de mar. de 2019
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Furla ultrapassa os 500 mil euros, mas desacelera em 2018

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
15 de mar. de 2019

Após seis anos de crescimento muito forte, a Furla desacelera. A marca italiana de carteiras posicionada no luxo acessível, que atingiu um volume de negócios de 513 milhões de euros em 2018, viu as suas vendas desacelerarem no segundo semestre do ano.
 

Um modelo de carteira da marca - Furla

 
No ano passado, a Furla registou uma progressão nas vendas de 2,8% (+5,2% a taxas de câmbio constantes) em relação a 2017, exercício durante o qual havia registado um crescimento de 18,5% (+20% a taxas de câmbio constantes), revelou a empresa num comunicado. Nos primeiros seis meses de 2018, o aumento foi de 5,8% (+10,6% a taxas de câmbio constantes) em relação ao primeiro semestre de 2017.

Ao contrário dos anos anteriores, a casa italiana não revela números sobre a sua rentabilidade. "Depois de anos de expansão geográfica internacional, o grupo está agora concentrado num desenvolvimento mais seletivo e em categorias de produtos complementares ao seu core business", explica a Furla. Em fevereiro, a marca lançou durante a Semana da Moda de Milão a sua primeira coleção de sneakers, "acompanhada de um grande projeto de marketing a 360 graus".

Além disso, o grupo está a implementar "um plano de investimentos destinados a consolidar a impetuosa trajetória de crescimento registada nos últimos anos", em particular "reforçando a cadeia de aprovisionamento, a integração cultural e sistémica dos países com distribuição direta e indireta, bem como a tecnologia".

Do ponto de vista geográfico, a empresa está em ascensão em todos os seus mercados de referência. Na Ásia-Pacífico, região que responde por 26% do volume de negócios total do grupo, as vendas saltaram 18,2% a taxas de câmbio constantes. A marca assumiu, nomeadamente, o controlo da sua distribuição a retalho na China, Hong Kong e Macau. No Japão, o seu maior mercado, com uma participação de 22%, a empresa de artigos de couro de Bolonha cresceu 3,6%. A Furla também destaca o seu bom desempenho nos Estados Unidos (8% do volume de negócios total), com um crescimento de 13,2%.

Por outro lado, para a zona EMEA (Europa, Médio Oriente e África), a empresa indica apenas que "mantém a sua posição", sem dar detalhes sobre o seu mercado interno, com estes dois mercados a representarem juntos uma participação significativa de 44% nas vendas totais do grupo.

Merece destaque o crescimento significativo do site de e-commerce, cujas vendas saltaram 45,7% a taxas de câmbio constantes em 2018. Esta plataforma, gerida desde o início pela Furla, foi renovada no ano passado e beneficiou de investimentos destinados a facilitar o acesso e a navegação. O comércio eletrónico representa perto de 8% do volume de negócios total da marca.

Da mesma forma, no canal de travel retail, no qual a marca está presente com 293 pontos de venda (boutiques, corners, shops-in-shop) em 64 países e responde por 7,3% das suas vendas totais, o crescimento foi de 16,2% no ano passado em relação a 2017.

A empresa, fundada em 1927 em Bolonha pela família Furlanetto, que indicou à Reuters que pretende manter-se independente apesar das solicitações de potenciais investidores, realiza 70% das suas vendas através da sua rede de 490 lojas monomarca, 285 das quais em gestão direta, 163 em franchise e 42 em travel retail, em 98 países. A marca também é distribuída em 1.200 pontos de venda multimarca.

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