Gap cancela parceria com Telfar
Logo após a Gap ter anunciado o seu acordo para uma nova linha com a Kanye West e Yeezy, a marca confirmou que abandonou outra colaboração anteriormente anunciada - uma parceria com a Telfar, a marca unissexo, com sede em Nova Iorque, fundada pelo designer Telfar Clemens.
A colaboração com a Telfar foi anunciada em meados de janeiro, mas logo foi adiada devido ao surto de COVID-19, uma causa à qual a Gap dedicou uma grande luta. Tal como a recém revelada parceria com a Yeezy, a colaboração com a Telfar destinava-se a levar as peças da marca a mais consumidores através da marca Gap, e a um preço mais acessível.
A parceria da Gap com a West para a linha Yeezy Gap foi anunciada na semana passada, com a revelação do designer nigeriano-britânico, Mowalola Ogunlesi, como diretor artístico. Na altura do anúncio, nem a Gap Inc. nem a marca Gap tinham feito quaisquer atualizações significativas relativamente à colaboração com a Telfar, levando a uma confusão entre os consumidores. Além disso, alguns relatórios começaram a alegar que a Telfar não tinha recebido qualquer compensação por parte da Gap.
Esta semana, a Gap confirmou oficialmente a várias publicações que a colaboração com a Telfar tinha sido cancelada. De acordo com Diet Prada – uma das vozes mais influentes na indústria da moda, na atualidade –, a Gap enviou um e-mail à Telfar em março, a revelar "que a colaboração estava a ser empurrada para 2021", e, dois dias mais tarde, a Gap alegadamente ofereceu à Telfar 25% da taxa de concepção "como um adiantamento pelo trabalho concluído antes do adiamento".
À medida que múltiplas marcas e organizações, tanto da indústria da moda como da beleza, anunciam as suas intenções de elevar os criativos Negros, por via dos protestos de âmbito internacional contra a questão das vidas negras e em prol da justiça racial, algum pessoal da indústria ficou desapontado ao ver o que interpretaram como Gap, dando prioridade a um nome maior.
"Era suposto conseguirmos a telfar x gap", tweeted Nandi Howard, editora assistente de moda na Essence. "E, isto, torna tudo um pouco amargo doce. Sinto-me como se, a indústria da moda, chegasse mais ou menos até onde um estilista negro, ou criativo, que pode estar no topo. Quando todos devemos ganhar. E, ter múltiplas coleções - como são feitas para outros".
O site FashionNetwork.com contactou a Gap para comentar, aguardando ainda a resposta.
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