Gap supera previsões trimestrais e Old Navy deixa a China enquanto cisão continua

A retalhista de vestuário Gap Inc ultrapassou as previsões de lucro trimestrais e reiterou o seu plano de separar a Old Navy da marca homónima antes da saída da Old Navy da China em 2020.

A Gap substituiu o CEO de longa data Art Peck por Robert Fisher, membro da família fundadora, como chefe interino há quase duas semanas, e reduziu a sua previsão de lucros para o ano inteiro, culpando os tráfego débil e os desafios operacionais das principais marcas.
 
"Continuamos a avançar nos nossos planos de separação, que proporcionarão um melhor foco e um catalisador adicional para a transformação", explicou Fisher.

A retalhista, que tem sede em São Francisco e luta há muito para aumentar as vendas em duas das suas principais marcas, informou que as vendas líquidas caíram 2,2%, para 4 mil milhões de dólares (cerca de 3,616 mil milhões de euros) no terceiro trimestre, concluído a 2 de novembro, mas ainda excedem as previsões médias dos analistas, fixadas em 3,96 mil milhões de dólares, segundo dados do IBES da Refinitiv.

"Não estamos satisfeitos com os resultados do terceiro trimestre e estamos focados em abordar de forma agressiva os problemas operacionais que dificultam o rendimento das nossas marcas", disse Fisher.
 
A Gap também anunciou que não venderá roupa da Old Navy na China a partir do início de 2020 e que se focará no mercado da América do Norte para impulsionar as suas vendas.
 
Em fevereiro, a retalhista anunciou a separação da sua marca Old Navy, que obtinha melhores resultados, oferecendo aos investidores a esperança de que a empresa independente possa obter melhores resultados do que a marca Gap.

Excluindo extraordinários, a empresa ganhou 53 cêntimos por ação, superando a previsão dos analistas, fixada em 51 cêntimos.
 
A empresa disse no início deste mês que esperava ganhar entre 50 e 52 cêntimos por ação.
 
As ações da Gap, que caíram 37% este ano, subiram aproximadamente 3% no mercado depois após o toque da campainha.