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2 de ago. de 2013
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Gestão Industrial: qual é o momento certo?

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Publicado em
2 de ago. de 2013

O mercado de calçados e bolsas tem algumas características que são muito peculiares. Uma destas características é a sazonalidade, que impacta diretamente no planejamento e programação das empresas e provoca, muitas vezes, enormes dificuldades financeiras nos períodos de baixa produção e consequente baixo faturamento.

Normalmente, o setor apresenta duas grandes curvas de produção e vendas, as quais, nos últimos anos, em decorrência da antecipação das feiras e do próprio mercado, também sofreram antecipação. Antes, os picos de produção se concentravam nos meses de março, abril e maio no primeiro semestre; setembro, outubro e novembro no segundo semestre. Hoje, estas curvas se anteciparam, iniciando um mês antes, na maioria das empresas.

SAINDO DA CRISE – A retração do mercado está mais acentuada pelos fatores econômicos que se abateram sobre os países europeus. O nível de atividade está mais baixo na maioria das empresas e é um bom momento para “ajeitar a casa”. Avaliar as rotinas, os custos, o planejamento e fazer as correções necessárias. Desenvolver quase uma coleção por mês, mudando materiais, fluxos, tempos e todo o mais que é consequência deste processo normalmente exige correções e melhorias que nem sempre são possíveis quando a empresa está com a sua capacidade tomada.

Muitas atividades deixam de ser feitas adequadamente, fruto da substituição de pessoas, ou porque faz parte da natureza humana acomodar-se ou esquecer-se de cumprir integralmente os procedimentos rotineiros.

ORIENTAÇÃO – É aí que entra o consultor, profissional com profundo conhecimento de gestão e que possui condições de diagnosticar as deficiências e sugerir ações corretivas e de melhorias dos processos. É ele que pode treinar os profissionais da empresa, criar ferramentas de controle e introduzir conceitos e técnicas de gestão que melhorem não só a produtividade das pessoas e processos, mas também a qualidade dos produtos.

A consultoria bem realizada se paga muitas vezes, porque reduz os custos da empresa, melhora a sua eficiência e cria mecanismos para a manutenção deste nível elevado de eficácia. Cabe ao empresário dar-se conta das suas dificuldades, concluir que uma boa consultoria pode lhe ajudar e encontrar o profissional adequado para isto.

Ruim é quando ele conclui que, por estar com a produção e venda baixas não é momento certo. E quando o mercado reage e as vendas crescem, tomando a capacidade produtiva da empresa, ele conclui que não terá tempo para desenvolver a consultoria.

* Luís Coelho é consultor internacional de empresas formado em Tecnologia de Produção de Calçados e pós-graduado em Educação pela Feevale, com MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais pela FGV. É diretor da Coelho Consultoria Empresarial Ltda ([email protected])

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