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Novello Dariella
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1 de out. de 2018
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Giambattista Valli: De Yoko ao Rajastão

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
1 de out. de 2018

Um clima descontraído na Giambattista Valli, que celebrou a sua nova situação financeira na segunda-feira à tarde em Paris, com um desfile profundamente imbuído do espírito de Yoko Ono.


Giambattista Valli - primavera-verão 2019 - Paris - PixelFormula


Uma viagem pela Índia com paragens ao longo do caminho em Nova Iorque, "tentando chegar à Holanda ou à França", como canta John Lennon em "The Ballad of John and Yoko".

O fato masculino branco de três peças que aparece no videoclip da música abriu a coleção. Embora no videoclip, Yoko estivesse numa limusina branca, as modelos de Valli desfilaram por um espaço abandonado no Palais des Congrès, na praça de Porte Maillot.

Giambattista Valli, lendário pela sua habilidade com as cores, abriu o desfile, no entanto, com uma dúzia de looks brancos, vestidos árabes com bolsos na altura do peito, mini-vestidos de chiffon semitransparentes e camisas bordadas. Tudo isso combinado com minissaias com estampados de zebra, mini-blusas com ornamentos dourados, e longos vestidos de veludo. Ideal para "Honeymooning down by the Seine", como diz a canção, e todos complementados com sandálias romanas adornadas com peles, pele de cobra e tubos de metal.


Giambattista Valli - primavera-verão 2019 - Paris - PixelFormula


Para eventos noturnos, como numa viagem a Viena, experimente os vestidos florais de Giambattista, nas cores de um mercado aromático de Jodhpur, ou os fatos de lantejoulas pretas cobertos com marcas de batom rosa.

Além disso, no dia em que o grande Charles Aznavour faleceu, foi conveniente organizar o desfile no Palais des Congrès, onde o mestre da Chanson Française se apresentou tantas vezes com tanta distinção. Talvez a sua música mais famosa tenha sido "La Bohème", que fala sobre o amor de um jovem por uma rapariga boémia, uma música que capta a essência do novo estilo pop boémio desta coleção.
 
Este foi o primeiro desfile prêt-à-porter da marca desde que Giambattista assinou um acordo com a Artemis, a holding que controla a Kering, o segundo maior conglomerado de luxo do mundo. A Artemis adquiriu uma participação minoritária significativa nos negócios de Valli em julho. Na altura, o facto de a Artemis, e não a Kering, ter comprado a Giambattista Valli surpreendeu, embora o CEO do grupo, François-Henri Pinault, tenha dito que a razão era bastante simples.
 
"Para uma marca pequena como a Valli, que não é uma marca global, faz sentido em termos de tamanho que a Artemis invista, assim podemos desenvolver a marca de forma adequada", disse Pinault, sentado ao lado do seu pai multimilionário, François Pinault, cujos olhos pareciam brilhar ao assistir ao desfile.

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