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Helena OSORIO
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4 de mar. de 2020
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Global Fashion Group à espera de mais lucros

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Helena OSORIO
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4 de mar. de 2020

O Global Fashion Group (GFG) anunciou terça-feira que alcançou o ponto de equilíbrio durante o quarto trimestre e que continua a registar um sólido crescimento.


Zalora


Uma vez que o GFG sinalizou um ponto de equilíbrio, é certo alcançar um EBITDA positivo de 0,7 milhões de euros. Trata-se do primeiro trimestre em que a empresa representante de marcas como Zalora, The Iconic, Dafiti e Lamoda, não registou perdas, e esse é um sinal muito positivo.

O valor líquido de mercadoria (CMV), aumentou na taxa de câmbio constante de 22,9% para 554 milhões de euros, enquanto o aumento da receita durante o trimestre foi de 17,7% (também de taxa de câmbio constante), situando-se nos 417,7 milhões de euros.

O GFG opera na Ásia, América Latina e Europa de Leste (na Comunidade de Estados Independentes ou CEI) e bateu um recorde de clientes activos de 17 % para 13,1 milhões, enquanto os pedidos cresceram 20,3 % para 10,3 milhões.

Os resultados obtidos no último trimestre antevêem lucros generalizados. Durante o ano, o CMV aumentou 23 %, a uma taxa de câmbio constante para 177,8 milhões de euros, enquanto as receitas ascenderam a 134,6 milhões de euros, um aumento de 17,2 %. E aumentou a margem EBITDA ajustada para o ano inteiro em 1,5 pontos percentuais, com uma queda de 2,8%, cruzando o ponto de equilíbrio em três das quatro regiões. O próprio EBITDA ajustado registou uma perda inferior a 37,1 milhões de euros, após uma perda de 49,8 milhões de euros no ano anterior.

"O quarto trimestre foi fantástico. Em três anos, conseguimos o maior crescimento até então alcançado em clientes activos, encomendas e CMV, após o nosso melhor período de campanhas especiais. O crescimento contínuo aproxima-nos da visão de nos tornarmos o destino número um da moda e lifestyle nos nossos mercados. Continuamos focados em fortalecer a nossa posição de liderança através do investimento contínuo em toda a experiência do cliente, desde a descoberta do artigo até a entrega, e reforçar mais ainda o nosso caminho com vista à rentabilidade", declaram os CEOs Christoph Barchewitz e Patrick Schmidt.

Tal como salientado, o final do ano favorável foi impulsionado por um período recorde de campanhas especiais, incluindo a Black Friday e Cyber Week em todos os mercados GFG, em dias como 10/10, 11/11 e 12/12 especialmente no Sudeste Asiático. Com mais de 70 milhões de visitas à plataforma e mais de dois milhões de pedidos processados, estas campanhas especiais geraram um crescimento anual de 36% no CMV.

Durante o ano de 2019, o GFG assegura que continuou a expandir a sua oferta, abrindo o leque a marcas tanto locais como internacionais. Por exemplo, recentemente ofereceu acesso exclusivo aos clientes da Ralph Lauren e Gap na América Latina, e Swatch na CEI, onde a empresa também estreou a sua categoria de Beleza com o lançamento da Estée Lauder. Na Ásia, o desenvolvimento do segmento de moda low-cost acompanhou o lançamento da primeira coleção de roupas masculinas de baixo valor do GFG. Também introduziu o primeiro modelo de revenda na sua plataforma Zalora com mais de 10.000 artigos "pre-loved" destinados aos 200 milhões de e-shoppers do Sudeste Asiático, enquanto a The Iconic lançou a sua marca sustentável Considered e a empresa introduziu a sua primeira marca sustentável, a Aere.

O grupo dá por encerrado o ano com 300,8 milhões de euros disponíveis em dinheiro e adianta que pretende aumentar o CNV entre 17% e 20%, ao longo deste ano, obtendo mais de 2 mil milhões de euros em CNV e cerca de 1,5 mil milhões de euros em receitas cambiais constantes.

Devido ao impacto dos incêndios no consumidor australiano, juntamente com o inverno quente na CEI, o GFG espera que o ano comece no extremo inferior desta fasquia. Como também se pretendem "fazer progressos significativos no sentido da rentabilidade até 2020, com o objectivo de ser rentável a um nível EBITDA ajustado até 2021, o mais tardar". No entanto, estas previsões excluem o possível impacto negativo causado pelo surto de Covid-19.

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