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Estela Ataíde
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24 de nov. de 2021
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Google lança ferramenta para ajudar marcas de moda a medir o impacto do seu sourcing

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
24 de nov. de 2021

A gigante digital Google uniu-se à designer Stella McCartney, ao programa Textile Exchange e à ONG WWF para desenvolver a ferramenta "Global Fiber Impact Explorer (GFIE)", que tem como objetivo de ajudar a indústria da moda a tornar-se ecologicamente mais responsável no seu aprovisionamento.

 


A criadora britânica Stella McCartney ajudou a Google a ter "um melhor entendimento das necessidades da indústria" e testou a plataforma. Outras marcas e grupos como Adidas, H&M e VF Corporation também participaram no desenvolvimento desta ferramenta.
 
Esta destina-se a ajudar as marcas a compreenderem as questões ambientais decorrentes do sourcing de matérias-primas e permitir que tomem decisões ecologicamente mais responsáveis.

Num artigo de blog, a Google afirma que a indústria da moda é "um dos principais responsáveis pela crise climática e ambiental mundial", gerando até 8% das emissões de gases de efeito estufa no mundo, especialmente durante a fase de sourcing das matérias. Mas, quando as marcas se abastecem das suas matérias-primas, muitas vezes dispõem apenas de uma "visibilidade parcial ou nula" do seu impacto ambiental.
 
Por isso, nos últimos dois anos, a Google tem trabalhado no desenvolvimento de uma ferramenta "que daria às empresas todos os dados de que precisam para tomarem decisões mais bem informadas sobre o seu aprovisionamento".
 
A primeira versão do GFIE utiliza o motor do Google Earth e a rede Google Cloud para avaliar o risco ambiental de diferentes fibras com base em fatores como poluição do ar, biodiversidade, emissões de gases, impacto nas florestas e consumo de água.
 
Segundo a empresa, a expectativa é que a ferramenta "identifique os riscos ambientais associados a mais de vinte tipos de fibras, entre fibras naturais, fibras de celulose e matérias sintéticas".

A Google afirma ter sido capaz de "identificar os produtores de algodão na Turquia que apresentavam riscos de aumento do consumo de água e perigo climático”. “Isso atesta a necessidade de investir em comunidades agrícolas locais que favorecem práticas sustentáveis, com melhores práticas de gestão da água e regeneração do solo."
 
A ideia do GFIE nasceu de uma parceria entre a Google e o WWF, e visa complementar as ferramentas existentes que avaliam o impacto do setor e realizam análises de risco. Concluída a fase inicial de desenvolvimento, a gestão da ferramenta GFIE foi transferida para a Textile Exchange. Esta associação internacional sem fins lucrativos, que promove a utilização de fibras ecologicamente responsáveis, deverá poder lançá-la na indústria já em 2022.

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