Grupo All We Wear caminha para a recuperação e espera fechar o ano com vendas de 445 milhões de euros
O All We Wear Group, empresa matriz das marca de moda Pepe Jeans, Hackett e Façonnable, está a avançar no caminho da recuperação e, para o exercício de 2021-2022 (compreendido entre os meses de abril e março), prevê registar vendas de 445 milhões de euros. Este valor será apenas 7% inferior ao do ano fiscal anterior à pandemia e consideravelmente superior ao de 2020-2021, que foi de 319 milhões de euros.
Para além do volume de negócios, o grupo estima que irá aumentar o seu Ebitda ou lucro bruto de exploração para 31 milhões de euros, o que se traduz num aumento de 41% face ao exercício de 2019-2020 (anterior à crise sanitária), de acordo com o jornal económico espanhol Expansión.
O AWWG conseguiu melhorar as suas margens graças à otimização de processos como fixação de preços, gestão de inventários ou seleção de clientes. Além disso, tem progredido na gestão de custos graças a processos como a renegociação do valor do arrendamento das suas lojas ou a aposta na centralização dos seus equipamentos, conforme detalha o referido jornal.
Por canais de venda, o peso do online na faturação do grupo ascende a 20%: no caso da Pepe Jeans, o valor é de 26%; na Hackett é de 15%. Por sua vez, as vendas da Pepe Jeans nos seus pontos de venda físicos já são 18% mais elevadas do que antes da pandemia; no caso da Hackett, as operações por esta via já igualaram as anteriores à crise sanitária.
Com o vento a favor e a julgar por estas últimas previsões, o All We Wear Group espera situar as suas vendas em 600 milhões de euros no exercício de 2023-2024. Até essa data, a empresa trabalhará para expandir a sua rede comercial em 15% e para se fortalecer nos mercados nos quais já está presente, como Alemanha ou França.
Com sede em Barcelona, o AWWG integra as marcas Pepe Jeans London, Hackett e Façonnable, e é distribuidor autorizado da Tommy Hilfiger e da Calvin Klein em Espanha e Portugal. Atualmente, opera 238 lojas próprias, está presente em 54 países e conta com uma força de trabalho de 2800 funcionários.
O AWWG é desde 2015 controlado em 47% pelo fundo libanês M1 e também é propriedade da L Catterton, braço de investimento do grupo francês LVMH. Os seus acionistas incluem também Carlos Ortega, fundador do grupo.
Foi em julho de 2020 que a Pepe Jeans mudou o seu nome para AWWG. O seu novo nome insere-se no processo de transformação que está a levar a cabo e que vai da nomeação de Marcella Wartenbergh como CEO da empresa até à reorganização da sua rede comercial e de escritórios.
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