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10 de mai. de 2017
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Grupo Cortefiel quadruplica perdas em 2016 após ajustes

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
10 de mai. de 2017

O processo de ajuste prejudicou os resultados grupo Cortefiel. A empresa espanhola registrou perdas de 245 milhões de euros em seu exercício fiscal 2016-2017, encerrado em fevereiro. 

Grupo Cortefiel fecha lojas por falta de rentabilidade - Cortefiel


Um comunicado emitido pelo grupo informou que esse resultado representa uma quadruplicação nas  perdas em relação ao ano anterior. Isso ocorreu devido ao impacto das ações de saneamento, como reorganização das lojas e os custos associados. 

O CEO do grupo, Jaume Miguel, declarou que a companhia voltará a alcançar o break-even ainda este ano. 

Miguel, que assumiu a empresa em agosto de 2016, afirmou que o ponto de equilíbrio nos resultados do grupo poderá ser alcançado neste mesmo exercício, para as operações extraordinárias. 

O grupo atingiu vendas de 1.129,39 milhões de euros, o que indica um incremento de 3,12%, enquanto o resultado bruto operacional (ebitda) recorrente ficou em 114,69 milhões de euros, 6,69% acima do ano anterior.

O processo de reestruturação do negócio consistiu na renovação da diretoria e mudança no rumo da estratégia de mudar o público-alvo da Cortel, para consumidores mais jovens.

O grupo focou em deixar suas lojas mais rentáveis e organizar a sua expansão, com o fechamento de onze pontos de vendas da marca Cortefiel e aberturas de novas lojas.

O objetivo da companhia, segundo Jaume Miguel, é abrir cerca de cem lojas este ano. A expansão se concentrará entre Espanha, Portugal, países da região dos Balcãs e México, com o objetivo de dobrar o ebitda em cinco anos e com forte alavancagem das vendas online, que o grupo estima subir de 5% a 10%. 

Sobre o mercado espanhol, Miguel ressaltou que o grupo continua enxergando oportunidades de crescimento no país, principalmente em locais estratégicos, com população superior a 50.000 habitantes.

A companhia, cuja dívida consolidada chega em 900 milhoēs de euros, vem passando por um processo de venda há vários anos, iniciado pelos fundos proprietários, CVC Capital Partners, PAI Partners e Permira.

O banco americano Goldman Sachs é o encarregado pela busca de um comprador, que deve ser finalizada em breve, coincidindo com a data de vencimento da dívida da Cortefiel.

Os fundos de capital de risco entraram na companhia têxtil e compraram o controle majoritário da família Hinojosa por 1.440 milhões de euros.
O CEO reconheceu que existe um mandato para iniciar o processo e se limitou em informar que o objetivo é alcançar uma ˜solidez acionária e financeira˜, ressaltando que os acionistas trabalham em conjunto com a diretoria.

“Meu objetivo é que a companhia seja rentável, sólida e competitiva˜, destacou o CEO, que descartou a saída do grupo da Bolsa.

Miguel frisou que a empresa tem valor, um futuro ˜excepcional˜, estratégia ˜sólida˜ e uma boa equipe, que sabe bem a direção que deve seguir.

O Grupo Cortefiel possui uma rede de 1.971 lojas e opera em 90 países com suas cinco cadeias: Cortefiel, Pedro del Hierro, Springfield, Women'secret e Fifty Factory.
 

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