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24 de out. de 2022
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Grupo Goucam: Lacoste e Hugo Boss passam a ser feitas em empresa portuguesa de Viseu

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24 de out. de 2022

As peças da marca francesa Lacoste passam a ser feitas em Viseu numa empresa têxtil do Grupo Goucam que recebeu também uma grande encomenda da alemã Hugo Boss, contando com mais duas fábricas em Arganil e Castelo Branco.


Avatar da Lacoste - Lacoste


Segundo o jornal ECO, as calças, blusões e casacos da Lacoste anteriormente fabricados na Ucrânia são agora feitos em Portugal devido à guerra ilegal de usurpação de territórios por parte da Rússia, que preocupa o mundo desde fevereiro de 2022. Por outro lado, como adianta o presidente e CEO da Goucam, José Carlos Castanheira, a Lacoste e a Hugo Boss vieram ocupar o espaço deixado livre sobretudo pelo grupo espanhol Inditex, que “falhou muito com as compras no início deste ano”, informa.

“Entrámos para resolver um problema que tinham, ficaram contentes e viram que temos condições para continuar a trabalhar em conjunto. Fizemos essa entrega de blusões e negociámos (o fabrico de) calças e casacos para a próxima estação, que são os artigos de verão em que conseguimos entrar. Estamos a entrar no circuito de fornecimento da Lacoste, que é um cliente potencialmente interessante”, acrescenta o presidente do grupo Goucam com cerca de 400 trabalhadores, 285 dos quais em Viseu.


Hugo Boss - DR


Quanto à Hugo Boss, “à partida (vai) deixar de trabalhar com eles na estação que está a começar porque não estão disponíveis para pagar os preços que (precisa) de praticar”, diz ainda sobre o “cliente com que arrancámos este ano. Tivemos uma das fábricas a trabalhar para eles desde abril e até setembro. Apesar de não ter a rentabilidade que esperávamos, cumprimos esse negócio até ao fim”, frisa Castanheira.

Entretanto, a galega Inditex retomou o interesse, mostrando “vontade e condições para voltar aos números anteriores”, mas agora o grupo viseense não tem capacidade produtiva disponível nem quer “abdicar dos clientes que estiveram presentes nessa fase” mais difícil, sentindo maior procura e precisando “urgentemente de aumentar as produções internas em todas as unidades”, conclui o empresário.
 

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