Gucci vai parar de usar peles a partir de 2018 diz CEO
A Gucci vai parar de usar peles a partir de 2018. Esta foi a novidade divulgada pelo CEO, Marco Bizzarri, durante o evento anual Kering Talk, que se realizou no London College of Fashion, na noite de quarta-feira (10).
Bizarri não forneceu muitos detalhes, mas afirmou o seu compromisso com convicção e foi muito aplaudido durante o evento.
A Gucci segue várias outras marcas e retalhistas, como Armani, Hugo Boss e Yoox-Net-A-Porter, que decidiram afastar produtos com peles da sua oferta. Não se sabe se outras marcas pertencentes à Kering também seguirão esta linha, embora Stella McCartney já seja uma militante contra o uso de peles e couro há muito tempo.
A Gucci tornou-se parte da "Fur-free Alliance" e também tem trabalhado com a Humane Society of the US (HSUS) e o grupo italiano de bem-estar animal LAV. A nova política começou a ser adotada na coleção primavera-verão 2018, apresentada recentemente na Semana de Moda de Milão.
"Ser socialmente responsável é um dos valores fundamentais da Gucci, e continuaremos a esforçar-nos para ajudar o meio ambiente e os animais", disse Bizzarri.
Para a Gucci, isso implica uma grande mudança, pois a empresa já usou peles para vestuário, acessórios e calçado. A sua política fur-free inclui vison, coiote, cão-mapache, raposa, coelho e karakul, bem como todas as outras espécies criadas ou capturadas para o uso de peles.
Bizzarri também abordou a questão dos produtos de origem animal em geral, mas a empresa não pretende cortar com o couro em breve.
“Se me pedissem para eliminar o couro também, eu teria que demitir milhares de pessoas", disse Bizzarri, explicando o quão importante é o couro para os funcionários da família Gucci.
No entanto, o CEO disse que a empresa está muito interessada em couro "in vitro" ou "peles" de engenharia de tecido, que não exigem que os animais sejam criados e depois mortos para a criação dos materiais. Disse também que o uso de tais materiais seria fundamental para aumentar a sustentabilidade, pois o seu impacto no meio ambiente seria muito menor do que o da atual cadeia de abastecimento de couro.
O couro livre de crueldade é uma perspetiva que se está a aproximar da realidade de muitas empresas, como a Modern Meadow, startup de biotecnologia com sede nos Estados Unidos, que arrecada fundos para transformar o couro "sem vítimas" em realidade.
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