H&M deixa a Rússia
Após ter suspendido as suas vendas na Rússia a 2 de março devido à invasão da Ucrânia pelo exército russo, o grupo sueco H&M toma uma decisão definitiva e anuncia a 18 de julho a sua retirada total do país. Presente na Rússia desde 2009, a empresa escandinava conta com 168 lojas, um parque que constitui o seu sexto mercado à escala mundial.
Helena Helmersson, diretora-geral do grupo, declarou em comunicado: "Após uma cuidadosa reflexão, vemos que é impossível dar continuidade à nossa atividade na Rússia, tendo em conta a situação. Estamos profundamente entristecidos pelo impacto que isso terá nos nossos colegas e muito gratos pelo seu trabalho árduo e dedicação. Além disso, gostaríamos de agradecer aos nossos clientes pelo seu apoio ao longo dos anos."
A retirada operada pela empresa será gradual: as lojas reabrirão temporariamente nas próximas semanas para vender o stock restante no local. O futuro da rede, como a sua eventual venda, não é abordado pela empresa.
Esta retirada não será livre de consequências para o quadro financeiro do grupo, que antecipa um custo excecional de 2 mil milhões de coroas suecas (cerca de 189 milhões de euros). A empresa estima que que a sua liquidez seja reduzida em cerca de mil milhões de coroas (95 milhões de euros), o que afetará o seu balanço do terceiro trimestre de 2022.
No seu exercício de 2021, a empresa proprietária da H&M, Cos, Monki, &other stories e Arket gerou cerca de 730 milhões de euros em receita somente na Rússia, de um total de 18,92 mil milhões de euros em vendas globais.
Em junho, a gigante americana Nike anunciou a sua saída definitiva do mercado russo. Há alguns dias, a marca de beleza Sephora anunciou a intenção de vender as suas 88 lojas russas ao seu diretor-geral local, que as irá explorar sob um nome diferente.
Com AFP
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