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Estela Ataíde
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31 de jan. de 2019
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H&M destaca aumento nas vendas a preço total apesar de queda nos lucros

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
31 de jan. de 2019

O anúncio dos resultados da H&M na quinta-feira incluiu muitos aspetos positivos para o ano completo e o último trimestre até 30 de novembro, mas a surpresa foi o lucro antes de impostos do quarto trimestre ter caído. O trimestre ainda foi afetado pelos custos de modernização dos seus sistemas de logística, que também haviam afetado o grupo no início do ano.


H&M


Os analistas esperavam no quarto trimestre um lucro antes de impostos superior a 5 mil milhões de coroas suecas (482 milhões de euros), mas o valor real foi de 4,35 mil milhões de coroas suecas, abaixo dos 4,87 mil milhões de coroas suecas no ano anterior.
 
No entanto, o que se retém é que a empresa está a superar os seus problemas e que as vendas líquidas desde o final do período, de 1 de dezembro a 28 de janeiro, aumentaram 4% em moedas locais.

E "coleções mais fortes e aumento nas vendas a preço total" significam que para o primeiro trimestre de 2019 a empresa espera que os descontos fiquem cerca de 1 ponto percentual mais baixos e que conta com "uma melhora contínua na situação de inventário em relação ao trimestre anterior".
 
NÚMEROS ANUAIS

Olhando para o ano inteiro, as vendas líquidas aumentaram 5% para 210,4 mil milhões de coroas suecas, ou um aumento de 3% em moedas locais. E, embora o “trabalho de transição em curso” do grupo tenha abalado os lucros, também “contribuiu para melhorar gradualmente o desenvolvimento das vendas e aumentar a participação de mercado na maioria dos mercados durante o segundo semestre”.
 
A empresa também revelou que as vendas online do grupo "continuaram a desenvolver-se muito bem durante o ano". Na verdade, subiram 22% para 30 mil milhões de coroas suecas (ou 21% em moeda local) e agora representam 14,5% do total das vendas do grupo, face a 12,5% no ano anterior.

O lucro bruto do ano subiu de 108,09 mil milhões para 110,88 mil milhões de coroas suecas, mas a margem caiu de 54% para 52,7%. O lucro "depois de itens financeiros" (isto é, lucro antes de impostos) caiu de 20,8 mil milhões para 15,63 mil milhões de coroas suecas. O que significa que o lucro líquido caiu de 16,18 mil milhões para 12,65 mil milhões de coroas suecas.
 
No quarto trimestre, as vendas líquidas do grupo aumentaram 12%, para 56,4 mil milhões de coroas suecas, e, embora tenham subido apenas 6% em moedas locais, ainda se trata de uma percentagem saudável. Outra boa notícia foi o aumento ter sido impulsionado pelo aumento das vendas a preço total e menores descontos.

Igualmente encorajadoras foram as vendas eletrónicas, que continuaram a subir fortemente no quarto trimestre. No total, subiram 24%, o que está à frente dos 22% do ano inteiro, embora tenham caído um pouco abaixo do valor do ano inteiro em moedas locais, subindo apenas 20%. E com todos os países agora presentes na sua nova plataforma de comércio eletrónico e três novos centros de atendimento abertos durante o trimestre, a empresa está pronta para processar ainda mais vendas online.


Cos


O lucro bruto do trimestre subiu de 27,92 mil milhões para 30,59 mil milhões de coroas suecas, embora a margem bruta tenha caído de 55,4% para 54,2%. O custo dos descontos em relação às vendas diminuiu 0,6 pontos percentuais. Mas, como mencionado no início, o lucro antes de impostos caiu, bem como o lucro líquido, descendo de 3,99 mil milhões para 3,54 mil milhões de coroas suecas.

Mas, voltando às boas notícias, a empresa superou-se em alguns mercados durante o quarto trimestre. No Reino Unido, por exemplo, um crescimento online de 38%, compensado por uma queda de 1% nas lojas, levou a um crescimento total de 8%. Em vários mercados, o crescimento total foi impulsionado tanto pelas lojas físicas como pelo online. Entre estes, China (+24%), Índia (+43%) e Rússia (+27%). No entanto, outros mercados, como os Estados Unidos e a Noruega, foram “mais desafiadores”.

PREVISÕES OTIMISTAS
 
Embora, no ano passado, tenha enfrentado desafios, a empresa já não parece estar em desvantagem, tendo adotado uma postura otimista nos seus comentários sobre o trimestre/ano que acabou de terminar e o ano adiante.

O grupo destacou a forma como as lojas online e físicas estão ser cada vez mais integradas, enquanto o lançamento da sua loja online continua. A H&M online está atualmente em 47 mercados e, durante 2019, o México será adicionado à lista, assim como o Egito. A empresa também planeia uma adição líquida de 175 novas lojas físicas este ano, quase metade das quais consistirão em novas marcas.

O CEO Karl-Johan Persson fez referência ao "ano desafiador para o grupo H&M e para o setor", mas afirmou que, "após um primeiro semestre difícil, há sinais de que os esforços de transformação da empresa estão a começar a surtir efeito". "Coleções melhoradas geraram melhores vendas a preço total e menores descontos no final do ano. Estamos a progredir em todas as nossas áreas de foco estratégico.”

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